São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2011
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ONDA DE REVOLTAS Egito reprime protesto, mas depois pede desculpas Exército avança sobre pessoas que estavam em praça pedindo reforma Não houve feridos; comitê que estuda mudanças sugere redução no mandato dos futuros presidentes DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS Forças de segurança do Egito promoveram a mais violenta repressão contra manifestantes antirregime desde a queda do ditador Hosni Mubarak, no dia 11. A reação militar foi dirigida contra milhares de opositores que voltaram a se reunir anteontem na praça Tahrir, no centro do Cairo, para exigir a aceleração das reformas políticas prometidas. Os manifestantes acusam a junta militar que assumiu o governo interinamente de "trair o povo" e pedem a saída dos ministros remanescentes do regime Mubarak. Soldados investiram contra opositores após a meia-noite de anteontem, atirando para o ar e batendo nos que se recusavam a deixar a praça, símbolo dos protestos. Ontem, porém, o comando das Forças Armadas pediu "desculpas" pela violência. Segundo os militares, houve "altercações não intencionais", sem ordem para o Exército atacar opositores. Também ontem, a comissão formada para estudar reformas na Constituição egípcia propôs reduzir o mandato presidencial dos atuais seis para quatro anos, com permissão para uma reeleição. A medida é umas das principais reivindicações dos manifestantes que depuseram Mubarak. O ex-ditador ficou quase 30 anos no poder. MORTES NA TUNÍSIA Na Tunísia, de onde o ditador Ben Ali fugiu em 14 de janeiro, uma nova onda de protestos contra o governo interino deixou pelo menos quatro mortos na capital, Túnis. Em comunicado, o Ministério do Interior culpou "provocadores" pelos conflitos. Houve ainda relatos não confirmados de protestos na Arábia Saudita, foco de preocupação internacional por se tratar de potência petrolífera. Texto Anterior: Onda de revoltas: Rebeliões ressuscitam imagem de "cachorro louco" do ditador líbio Próximo Texto: Irã diz que parou operação de usina em razão de defeito Índice | Comunicar Erros |
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