|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Colômbia diz ter achado urânio pertencente às Farc
Descoberta, perto de Bogotá, estaria vinculada a dados em computador de Reyes
Guerrilha negara estar comercializando elemento; polícia colombiana vê indícios de que grupo planeja ações globais
DA REDAÇÃO
O Ministério da Defesa da
Colômbia anunciou ontem ter
encontrado nos arredores de
Bogotá cerca de 30 kg de urânio
que pertenceriam às Farc (Forças Armadas Revolucionárias
da Colômbia).
"Neste momento, diversas
instituições do Estado, incluindo especialistas do Instituto
Colombiano de Geologia e Mineração (Ingeominas), encontram-se no local extraindo todo
o conteúdo, que segundo informantes poderiam ser mais de
30 kg", disse o ministério, em
comunicado.
Uma operação conjunta do
Exército e da polícia chegou ao
local, no vilarejo de Pasquilla,
região metropolitana de Bogotá, após terem recebido de informantes uma pequena amostra do material, que foi submetido à análise da Ingeominas.
A nota do Ministério da Defesa relacionou o achado a informações sobre compra de 50 kg
de urânio contidas nos computadores apreendidos de Raúl
Reyes, o número 2 da guerrilha
morto no último dia 1º em
bombardeio no Equador.
Segundo o governo, um dos
e-mails encontrados fazia
menção a um negociador do
material em Bogotá. "Propõem
a venda de cada quilo a US$ 2,5
milhões", diz um trecho da
mensagem.
As Farc negaram, em comunicado de 19 de março, que estejam negociando urânio, porque, segundo afirmaram, só países desenvolvidos teriam
capacidade tecnológica para
processá-lo, e "não uma guerrilha" que defenderia até com
"paus" o país.
Há três semanas, o diretor da
Polícia Colombiana, general
Oscar Naranjo, comentou a suposta compra de urânio: "Vocês
entendem o impacto desta informação [...] Significa que as
Farc estão dando passos fundamentais no mundo terrorista
para se tornarem um grande
agressor internacional, global",
disse ele, que anunciou uma investigação do tema.
Identidade
O Instituto Nacional de Medicina Legal da Colômbia confirmou ontem que o equatoriano morto durante bombardeio a acampamento das Farc no
Equador é Franklin Aisalia, 39.
Autoridades colombianas dizem que ele usava várias identidades e que era um integrante
ativo das Farc. A família nega.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Entrevista: Kirchnerista vê golpismo em protestos Próximo Texto: Aliança: Em Londres, Sarkozy promete mais tropas para Afeganistão Índice
|