São Paulo, Terça-feira, 27 de Abril de 1999
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Conheça a trajetória de Draskovic

da Redação

Kosovo é um dos poucos assuntos que põem o vice-premiê iugoslavo Vuk Draskovic, 52, do mesmo lado do presidente Slobodan Milosevic no espectro ideológico.
Em entrevista ao diário espanhol "El Mundo", antes do início do ataque da Otan, Draskovic denunciou pretensões territoriais albanesas sobre a Província e disse que "a Sérvia é vítima do nazismo da grande Albânia".
Principal líder da oposição nos últimos oito anos, líder do Movimento de Renovação Sérvia (liberal e monarquista), Draskovic surpreendeu ao entrar, em janeiro, para o governo de Milosevic.
O homem, líder dos protestos de rua de 1996 contra o presidente, preso e torturado pela polícia política e dono de um apoio do Ocidente para promover a democratização do país, assumiu o cargo de vice-premiê.
Para explicar a decisão, usou dois argumentos. Disse: "É fácil perdoar, esquecer e se reconciliar quando se tem Jesus Cristo no coração". Afirmou ainda que seguiria a lutar por seus ideais de dentro ""dos edifícios de Milosevic". Suas declarações sobre a propaganda de guerra do governo parecem apontar nesse sentido.
Sua adesão foi vista com cautela nos EUA e na Europa, que enxergaram nela uma manobra de Milosevic para encerrar o isolamento de Belgrado -Draskovic foi apontado para as Relações Exteriores.
Formado em direito, participou, em 1968, de protestos contra o regime comunista de Josip Broz Tito.

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