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São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2003

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EPIDEMIA

China tem queda recorde

OMS recoloca Toronto no itinerário da Sars

DA REDAÇÃO

A Sars (síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês) comprovou ontem ter um perigoso movimento de gangorra: enquanto na China, o país mais atingido pela doença, houve queda recorde de novos casos, no Canadá, onde o fim da epidemia já havia sido decretado, a superpneumonia voltou com força.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) colocou Toronto de volta na lista das áreas afetadas pela Sars, da qual havia saído no dia 14 de maio. Ontem, a maior cidade canadense confirmou mais uma morte e oito casos suspeitos.
Desde a volta do surto epidêmico, na última sexta-feira, foram notificados 34 casos, todos ligados a quatro hospitais da cidade.
Pelos critérios da OMS, Toronto apresenta o "padrão B" de transmissão. Isso significa que houve mais de um caso de Sars transmitido localmente. A entidade não emitiu nenhuma recomendação contra viagens à cidade.
De acordo com a OMS, até ontem haviam sido registrados em todo o mundo 8.202 casos prováveis da doença, com 725 mortes. As regiões mais atingidas são: China continental, Hong Kong, Taiwan, Cingapura e Canadá -o único país fora da Ásia onde houve surto epidêmico.
Na China, origem e principal foco da epidemia, foram registrados apenas oito novos casos ontem, o menor crescimento diário dos últimos meses. No início de maio, o país chegou a registrar mais de 150 casos por dia.
Na semana passada, a OMS suspendeu sua recomendação contra viagens à região de Hong Kong e à Província de Guangdong, no sul do país.
No início de maio, as situações de Canadá e China eram inversas: no primeiro, não havia mais registro de casos diários de Sars, enquanto no país asiático a doença aumentava exponencialmente.

Vacina
A Universidade de Hong Kong anunciou ontem o início de testes em animais de uma vacina contra a Sars. Ainda não estão previstos testes em humanos.
Na Alemanha, o Instituto Robert Koch anunciou um teste sanguíneo que detecta a presença de anticorpos do vírus da Sars. Entretanto os Centros de Controle de Doenças, nos EUA, minimizaram a descoberta, afirmando que uma pessoa infectada pelo vírus causador da Sars pode levar semanas até produzir anticorpos.


Com agências internacionais


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