DA REDAÇÃO

Um terremoto de 7 graus na escala Richter que atingiu ontem a região de Sendai, norte do Japão, deixou 98 feridos -cinco em estado grave- e cortou temporariamente as linhas de comunicação, transporte e o fornecimento de eletricidade em cerca de 35 mil casas. Não houve mortes.
O epicentro do abalo sísmico, o maior a atingir o Japão nos últimos três anos, foi a 71 km de profundidade no oceano Pacífico, a 20 km da costa leste do país, cerca de 450 km ao norte de Tóquio. O tremor pôde ser sentido na capital japonesa.
Segundo a Agência Meteorológica japonesa, não há risco de formação de "tsunami" (onda gigantesca que eventualmente se forma no mar após um terremoto).
A região afetada é uma área agrícola do país, onde há algumas fábricas de alta tecnologia e algumas cidades grandes.

Tecnologia
O terremoto foi 0,2 grau menor que o abalo que atingiu a cidade de Kobe, no oeste do país, e matou 6.430 pessoas em 1995. É também 0,3 grau maior que o sismo que matou pelo menos 2.217 pessoas e deixou 9.085 feridos na Argélia na última quarta-feira.
"Seria absolutamente inconcebível um estrago como o que ocorreu com o terremoto em Kobe", disse o ministro japonês das Emergências, Yoshitada Konoike.
Segundo Satoru Sugai, autoridade local de prevenção de desastres, o prejuízo limitado deixado pelo abalo de ontem se deve ao rígido sistema de segurança para edificações que vigora na região desde que um terremoto devastou Sendai em 1978.
O Japão desenvolveu tecnologias específicas de engenharia para que os prédios absorvam o impacto dos constantes abalos sísmicos no país, que está sobre a junção de três placas tectônicas -gigantescos blocos de rocha sob a superfície terrestre cujo movimento provoca os terremotos.