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ARGENTINA
Visita deve ser na semana que vem; presidente encontra mandatários sul-americanos em seu 1º dia
Primeira viagem de Kirchner deve ser ao Brasil
ELAINE COTTA
DE BUENOS AIRES
O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, que tomou posse
anteontem, anunciou ontem que
fará ao Brasil sua primeira visita
como chefe de Estado.
Segundo o novo chanceler da
Argentina, Rafael Bielsa, Kirchner
deve se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na
próxima semana.
Bielsa desembarca no Brasil
nesta quinta-feira, dia 29, a convite do chanceler brasileiro, Celso
Amorim, para discutir o Mercosul e acertar detalhes da viagem
presidencial.
O novo presidente também recebeu um convite do presidente
norte-americano, George W.
Bush, para ir aos EUA, visita que,
segundo Bielsa, deve acontecer
nos próximos 90 dias.
Kirchner voltou a priorizar a integração da América Latina durante encontros que manteve ontem com os presidentes de Peru,
Uruguai, Colômbia, Equador e
Venezuela, na sede do governo,
em Buenos Aires. Os líderes discutiram ainda a adoção de programas regionais de combate à pobreza e ao terrorismo.
Um grupo de estudantes da Faculdade de Direito da UBA (Universidade de Buenos Aires) protestou contra o ditador cubano Fidel Castro ontem à noite. Os manifestantes se concentraram nas
escadas do principal edifício da
faculdade, onde Fidel faria uma
palestra, que foi suspensa após os
protestos. "Não entendemos por
que um ditador antidemocrático
vem se expressar na Faculdade de
Direito mais importante do país",
disse o estudante Gonzalo Díaz.
Kirchner também enfrentou
hoje o primeiro protesto de trabalhadores do seu governo. Manifestantes do Movimento de Trabalhadores Desocupados (MTD)
interditaram por quase quatro
horas a ponte Pueyrredón, uma
das principais vias de acesso à capital federal.
FMI
O chefe de gabinete de Kirchner,
Alberto Fernández, disse ontem
que o governo não irá vetar a lei
que suspende o pagamento das
hipotecas, como pediu o porta-voz do FMI (Fundo Monetário
Internacional), Thomas Dawson,
na última semana.
Segundo Fernández, não haverá
suspensão da lei enquanto não for
encontrada uma solução "definitiva" para o tema.
Aprovada pelo Congresso, a lei
das hipotecas suspende o pagamento de financiamentos habitacionais contraídos em dólares durante a paridade cambial (1991-2001) e que triplicaram de valor
após a desvalorização do peso, em
janeiro de 2002.
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