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São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2003

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ARGENTINA

Visita deve ser na semana que vem; presidente encontra mandatários sul-americanos em seu 1º dia

Primeira viagem de Kirchner deve ser ao Brasil

ELAINE COTTA
DE BUENOS AIRES

O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, que tomou posse anteontem, anunciou ontem que fará ao Brasil sua primeira visita como chefe de Estado.
Segundo o novo chanceler da Argentina, Rafael Bielsa, Kirchner deve se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana.
Bielsa desembarca no Brasil nesta quinta-feira, dia 29, a convite do chanceler brasileiro, Celso Amorim, para discutir o Mercosul e acertar detalhes da viagem presidencial.
O novo presidente também recebeu um convite do presidente norte-americano, George W. Bush, para ir aos EUA, visita que, segundo Bielsa, deve acontecer nos próximos 90 dias.
Kirchner voltou a priorizar a integração da América Latina durante encontros que manteve ontem com os presidentes de Peru, Uruguai, Colômbia, Equador e Venezuela, na sede do governo, em Buenos Aires. Os líderes discutiram ainda a adoção de programas regionais de combate à pobreza e ao terrorismo.
Um grupo de estudantes da Faculdade de Direito da UBA (Universidade de Buenos Aires) protestou contra o ditador cubano Fidel Castro ontem à noite. Os manifestantes se concentraram nas escadas do principal edifício da faculdade, onde Fidel faria uma palestra, que foi suspensa após os protestos. "Não entendemos por que um ditador antidemocrático vem se expressar na Faculdade de Direito mais importante do país", disse o estudante Gonzalo Díaz.
Kirchner também enfrentou hoje o primeiro protesto de trabalhadores do seu governo. Manifestantes do Movimento de Trabalhadores Desocupados (MTD) interditaram por quase quatro horas a ponte Pueyrredón, uma das principais vias de acesso à capital federal.

FMI
O chefe de gabinete de Kirchner, Alberto Fernández, disse ontem que o governo não irá vetar a lei que suspende o pagamento das hipotecas, como pediu o porta-voz do FMI (Fundo Monetário Internacional), Thomas Dawson, na última semana.
Segundo Fernández, não haverá suspensão da lei enquanto não for encontrada uma solução "definitiva" para o tema.
Aprovada pelo Congresso, a lei das hipotecas suspende o pagamento de financiamentos habitacionais contraídos em dólares durante a paridade cambial (1991-2001) e que triplicaram de valor após a desvalorização do peso, em janeiro de 2002.


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