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ÁFRICA
Multidão protesta diante da embaixada americana
Combates matam 300 na Libéria; Bush pede renúncia do presidente
DA REDAÇÃO
Com cerca de 300 civis mortos
nos últimos dias de combate na
Libéria entre forças rebeldes e o
governo, o presidente dos EUA,
George W. Bush, pediu ontem ao
presidente liberiano, Charles Taylor, que abandone o poder "para
evitar um banho de sangue no
país". "O presidente Taylor precisa renunciar para que o seu país
possa evitar um banho de sangue
maior", disse Bush em um discurso sobre sua política para a África,
que visitará entre 7 e 12 de julho.
Uma multidão protestou ontem
diante da Embaixada dos EUA
em Monróvia (capital). Os EUA
são acusados de não haver ajudado a proteger os civis dos combates que chegaram à capital. Os
manifestantes deixaram corpos
de quatro crianças, duas mulheres e um homem na porta do prédio. Testemunhas disseram que
18 corpos foram retirados de um
complexo residencial diplomático dos EUA, onde milhares de famílias desesperadas buscaram refúgio. O local foi atingido por três
mísseis anteontem.
Os combates continuam apesar
da assinatura de um acordo de
cessar-fogo, na semana passada,
que previa a formação de um governo provisório, sem Taylor. O
país está em guerra civil há três
anos. Na década de 1990, outra
guerra civil, de sete anos, deixou
cerca de 200 mil mortos.
A saída pacífica de Taylor é considerada pouco provável. No início do mês, ele foi indiciado por
uma corte da ONU por supostos
crimes contra a humanidade na
guerra civil de Serra Leoa. Durante dez anos, ele deu apoio a grupos rebeldes do país vizinho. Se
deixar a Libéria, deve ser preso.
Com agências internacionais
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