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Decisão do governo de racionar gasolina provoca protestos no Irã
Sem capacidade de refino, país compra 40% do combustível que consome
DA REDAÇÃO
A notícia de que o governo vai
racionar gasolina no Irã para
reduzir a dependência do país
das importações do produto
provocou protestos ontem em
Teerã, onde um posto de gasolina foi incendiado e uma multidão se aglomerou com pedras
nas mãos aos gritos de "Ahmadinejad [o presidente Mahmoud Ahmadinejad] deveria
ser morto".
Embora o Irã seja o quarto
maior produtor mundial de petróleo e o segundo da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), carece de
capacidade de refinamento do
produto e portanto tem de importar cerca de 40% do combustível que consome.
Durante o último dia de abastecimento normal e diante da
incerteza sobre quando o racionamento chegará ao fim, filas
se formaram diante dos postos.
No bairro de Punak, uma região
pobre da capital, um posto foi
incendiado. Em outros, brigas
entre motoristas ou com os
frentistas pipocaram.
A medida, que passaria a vigorar à meia-noite de hoje, não
era esperada. Além de visar reduzir a dependência externa,
ela também tem como objetivo
preparar a população para a
possibilidade de imposição de
novas sanções econômicas
contra o país por conta de seu
incipiente programa nuclear.
A partir de hoje os proprietários de carros particulares terão direito a comprar cem litros
de gasolina por mês. No caso de
carros que têm sistema bicombustível -sendo o combustível
alternativo gás-, a quantia liberada será menor. O governo
estabeleceu também que, por
ora, os donos de veículos particulares poderão comprar a ração quota com até quatro meses de antecedência. O Irã consome mais de 75 milhões de litros de gasolina por dia.
Com agências internacionais
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