São Paulo, quarta-feira, 27 de junho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Decisão do governo de racionar gasolina provoca protestos no Irã

Sem capacidade de refino, país compra 40% do combustível que consome

DA REDAÇÃO

A notícia de que o governo vai racionar gasolina no Irã para reduzir a dependência do país das importações do produto provocou protestos ontem em Teerã, onde um posto de gasolina foi incendiado e uma multidão se aglomerou com pedras nas mãos aos gritos de "Ahmadinejad [o presidente Mahmoud Ahmadinejad] deveria ser morto".
Embora o Irã seja o quarto maior produtor mundial de petróleo e o segundo da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), carece de capacidade de refinamento do produto e portanto tem de importar cerca de 40% do combustível que consome.
Durante o último dia de abastecimento normal e diante da incerteza sobre quando o racionamento chegará ao fim, filas se formaram diante dos postos. No bairro de Punak, uma região pobre da capital, um posto foi incendiado. Em outros, brigas entre motoristas ou com os frentistas pipocaram.
A medida, que passaria a vigorar à meia-noite de hoje, não era esperada. Além de visar reduzir a dependência externa, ela também tem como objetivo preparar a população para a possibilidade de imposição de novas sanções econômicas contra o país por conta de seu incipiente programa nuclear.
A partir de hoje os proprietários de carros particulares terão direito a comprar cem litros de gasolina por mês. No caso de carros que têm sistema bicombustível -sendo o combustível alternativo gás-, a quantia liberada será menor. O governo estabeleceu também que, por ora, os donos de veículos particulares poderão comprar a ração quota com até quatro meses de antecedência. O Irã consome mais de 75 milhões de litros de gasolina por dia.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Empresa tem investimento de US$ 6 bi
Próximo Texto: Papa muda regras para eleição de sucessores
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.