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Diplomata é solto; mais estrangeiros são seqüestrados
DA REDAÇÃO
Um diplomata egípcio seqüestrado no Iraque na última
sexta-feira foi solto ontem na
embaixada em Bagdá, sem que
nenhuma demanda para a libertação fosse cumprida, segundo o Cairo. Em contrapartida, mais quatro civis estrangeiros foram capturados.
Aos poucos, a insurgência
vêm fazendo do seqüestro de
estrangeiros uma de suas principais armas no pós-guerra e
uma fonte de financiamento.
Desde abril, ao menos 60 estrangeiros foram seqüestrados,
12 deles nas últimas duas semanas. Cerca de 20 seguem sob o
poder de seus captores ou foram mortos.
Paralelamente, subiu no pós-guerra o seqüestro de iraquianos por criminosos comuns.
Para a insurgência, o seqüestro é barato e quase isento de
riscos. Além disso, o uso de vídeos dos reféns, divulgados por
redes de TV por satélite árabes,
aumenta seu poder de intimidação e propaganda.
Outro efeito é solapar a reconstrução -no caso mais
drástico, o seqüestro de um civil levou à criticada retirada da
tropa filipina. Muitos estrangeiros passaram a evitar o país,
e várias empresas encerraram
suas atividades no Iraque.
Quando as firmas ficam, seu
serviço encarece até 65%, segundo empresários no país.
As vítimas dos últimos seqüestros anunciados são dois
paquistaneses e dois motoristas jordanianos que trabalham
para uma empresa de transportes do Kuait. Um motorista
iraquiano que trabalhava com
eles também foi capturado.
Um grupo identificado como
Exército Islâmico no Iraque
disse, num vídeo divulgado na
TV Al Jazira, que os paquistaneses foram "condenados à
morte" porque seu governo estaria negociando o envio de
tropas ao Iraque. Já os Corpos
Mujahidin, captores dos jordanianos, ameaçaram matá-los
em 72 horas caso a empresa
que os emprega não suspenda
as operações no Iraque.
Num terceiro vídeo, os seqüestradores de um grupo de
sete estrangeiros -três quenianos, três indianos e um
egípcio- estendeu em 72 horas, pela segunda vez, o prazo
para a empresa kuaitiana para
a qual eles trabalham deixar o
país. A empregadora, KGL, disse que todos estão bem e que
negociações estão em curso.
O diplomata libertado ontem, Mohammed Mamdouh
Helmi Qutb, disse que nenhuma exigência foi cumprida para sua soltura. Seus captores o
pegaram porque o Cairo estaria planejando enviar assessores de segurança ao Iraque,
mas o Egito desmentiu o plano.
Também ontem, em Mossul
(norte), um carro-bomba explodiu perto de uma base dos
EUA, matando três iraquianos,
incluindo uma criança. Em
Bagdá, um funcionário do Ministério do Interior e seus dois
guarda-costas foram assassinados, e, em Basra (sul), duas faxineiras iraquianas, funcionárias da americana Bechtel, foram mortas quando insurgentes abriram fogo contra o ponto de ônibus onde elas estavam.
Com agências internacionais
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