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Ilegalidade ameaça partido desde fundação
DA EFE
O Batasuna nasceu em 1978, na alvorada da democracia espanhola, como uma aliança de grupos independentistas e de extrema esquerda que ainda consideram legítima a violência para alcançar seu sonho patriótico, a independência do País Basco, apesar das mais de 800 mortes atribuídas ao grupo terrorista ETA, do qual é
considerado o braço político.
O partido nasceu como Herri Batasuna (Unidade Popular), em Alsasua, na região autônoma de Navarra, com o objetivo de conseguir a independência da "Euskal
Herría", um Estado socialista que englobaria as regiões autônomas
de País Basco e Navarra, na Espanha, e os três territórios bascos no
sul da França.
As tentativas de colocar o partido na ilegalidade aconteciam desde o primeiro dia de sua fundação, sem êxito. Desde 1999, o grupo havia mudado de nome três
vezes -para Euskal Herritarrok
(Cidadãos Bascos), Akatasuna
(Liberdade) e finalmente Batasuna (Unidade)- para tentar evitar
seu banimento.
Os argumentos para relacionar
o partido ao ETA estão baseados
na coincidência de suas petições:
anistia para todos os terroristas
presos, retorno dos exilados, retirada das forças policiais espanholas do País Basco, melhoria das
condições de vida de sua classe
operária, implementação do idioma basco como língua oficial,
controle das Forças Armadas locais pelo governo basco e direito
de autodeterminação.
Além disso, a presença nas listas
eleitorais do partido de presos
acusados de pertencer ao ETA ou
de antigos militantes do grupo
tem sido uma constante. Desde
1978, cerca de 400 pessoas que tiveram algum cargo no partido foram acusadas de pertencer ao
ETA ou colaborar com o grupo.
Josu Ternera, dirigente do ETA
nos anos 80, é agora deputado pelo Batasuna no Parlamento basco.
O porta-voz do grupo, Arnaldo
Otegi, foi membro do ETA e esteve preso por participar de um sequestro. Em 1997, os 23 membros da direção do Herri Batasuna foram condenados a sete anos de
prisão por colaborar com o ETA. A sentença foi anulada em 1999.
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