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ORIENTE MÉDIO
Cresce popularidade de extremistas; sete árabes israelenses são presos sob a acusação de envolvimento em atentado
Maioria dos palestinos apóia atentados contra Israel
DA REDAÇÃO
A maior parte dos palestinos se
opõe aos esforços para conter os
atentados contra civis israelenses
e metade desaprova uma trégua
gradual com Israel, segundo pesquisa do Centro Palestino para
Política e Análise de Pesquisa.
Em Israel, sete árabes israelenses foram detidos sob a acusação
de envolvimento em atentado
suicida que matou nove pessoas.
A notícia aumentou a preocupação de envolvimento de extremistas palestinos com a população
árabe de Israel, que pode circular
livremente pelo país.
Segundo o estudo do instituto,
53% apóiam a manutenção dos
atentados, enquanto 43% são
contra. A margem de erro é de 3
pontos percentuais, e foram entrevistados 1.320 palestinos.
Metade dos entrevistados disse
ser contrário a uma trégua gradual com os israelenses. O número dos que apóiam a medida é de
48%.
A popularidade do presidente
da ANP (Autoridade Nacional
Palestina), Iasser Arafat, está praticamente inalterada em relação
ao último levantamento, feito em
maio. Ela oscilou de 35% para
34%. Antes da eclosão da Intifada
(levante palestino contra a ocupação israelense), há 23 meses, sua
popularidade era de 46%.
O segundo palestino mais popular é Marwan Barghouthi, líder
do Fatah (facção política de Arafat) e atualmente preso em Israel
sob a acusação de envolvimento
com atentados terroristas. Ele tem
23% de apoio, contra 19% em
maio e 11% antes da Intifada.
O apoio aos grupos extremistas
islâmicos, como o Hamas e o Jihad Islâmico, também cresceu: de
17% antes da Intifada para 27%
agora. O apoio ao Fatah caiu 11
pontos percentuais, para 26%.
Árabes israelenses
Os sete árabes israelenses detidos ontem são acusados de ter
ajudado a estocar explosivos. Todos são da mesma família e teriam participação em atentado
suicida que matou nove pessoas
em um ônibus no norte de Israel,
no dia 4 de agosto.
Na semana passada, quatro árabes israelenses já haviam sido detidos por suposto envolvimento
em uma série de atentados, inclusive o na Universidade Hebraica
de Jerusalém, em 31 de julho.
As prisões aumentaram o temor
de alianças de extremistas palestinos com árabes israelenses, que
podem estimular uma maior segregação contra os árabes israelenses em Israel. Ao todo, 1 milhão de árabes têm cidadania israelense. A população do país é de
cerca de 6 milhões. Além disso,
200 mil palestinos que vivem em
Jerusalém podem circular por Israel.
O porta-voz do governo de Israel, Ranaan Gissin, salientou ontem que quase todos os árabes israelenses não têm envolvimento
com o terrorismo.
Câncer
O comandante das Forças Armadas de Israel, Moshe Yaalon,
disse que o conflito com os palestinos "é um câncer" para Israel e
"precisa ser combatido até o fim".
A declaração foi dada em encontro de rabinos. Ele foi criticado
por pacifistas israelenses.
Na Cisjordânia, forças israelenses, com o apoio de helicópteros e
tanques, entraram no campo de
refugiados de Jenin e prenderam
Jamal Abul Haji, 44, líder regional
do Hamas.
O sindicato dos jornalistas palestinos decidiu que os jornalistas
palestinos não poderão mais gravar ou fotografar imagens de
crianças armadas ou posando como terroristas em manifestações.
A ANP teria pressionado o sindicato a tomar a decisão porque
as imagens seriam prejudiciais à
causa palestina no exterior.
Expulsão
A Suprema Corte de Israel iniciou ontem audiência para decidir a legalidade da expulsão de familiares de terroristas da Cisjordânia para a faixa de Gaza. Grupos de direitos humanos criticam a medida, argumentando que ela
é ilegal.
Com agências internacionais
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