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Mídia faz crítica por efeitos externos negativos
DA REDAÇÃO
O pronunciamento de ontem
do presidente George W. Bush
coincide com um momento agudo de contestação na mídia de sua
política externa e dos efeitos negativos de uma visão centrada no
combate ao terrorismo.
Os pontos nevrálgicos estão no
Afeganistão, no Iraque e no conflito entre palestinos e israelenses,
justamente aqueles que Bush
acreditava que se beneficiariam
com o alívio de tensão após a deposição de Saddam Hussein.
No Iraque, a ocupação vem tendo um custo financeiro incompatível com a crise econômica interna, disse o "Washington Post". É
um problema para um presidente
que fixou como objetivo tornar o
mundo mais pacífico.
Foi com certa ironia que o mesmo jornal noticiou há dias que os
norte-americanos estavam discretamente recrutando iraquianos que participaram dos serviços
de inteligência de Saddam, em
nome da eficácia para conter os
atentados contra seus militares.
O "Post" trouxe ainda declaração do senador Robert Byrd, para
quem a ocupação produz novos
opositores. "Nossa ação militar
forjou uma perigosa fermentação
que pode envenenar os esforços
pela paz no Oriente Médio e favorecer um rápido crescimento do
terrorismo mundial", disse.
O "The New York Times" tem
revelado as discussões sobre a insuficiência da presença militar
norte-americana no Iraque, caso
o objetivo seja neutralizar os focos
internos de resistência. O Pentágono afirma que os 140 mil militares são suficientes.
No Afeganistão, as críticas dizem respeito, sobretudo, à rearticulação do Taleban, grupo extremista islâmico deposto há quase
dois anos pela coalizão militar liderada pelos Estados Unidos.
No conflito entre israelenses e
palestinos, a constatação menos
pessimista é de que o plano de paz
de Bush está num impasse, sem
que os palestinos desarmem seus
terroristas ou os israelenses sinalizem o abandono da política de assentamentos em terras árabes.
Com agências internacionais
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