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São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 2003

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Mídia faz crítica por efeitos externos negativos

DA REDAÇÃO

O pronunciamento de ontem do presidente George W. Bush coincide com um momento agudo de contestação na mídia de sua política externa e dos efeitos negativos de uma visão centrada no combate ao terrorismo.
Os pontos nevrálgicos estão no Afeganistão, no Iraque e no conflito entre palestinos e israelenses, justamente aqueles que Bush acreditava que se beneficiariam com o alívio de tensão após a deposição de Saddam Hussein.
No Iraque, a ocupação vem tendo um custo financeiro incompatível com a crise econômica interna, disse o "Washington Post". É um problema para um presidente que fixou como objetivo tornar o mundo mais pacífico.
Foi com certa ironia que o mesmo jornal noticiou há dias que os norte-americanos estavam discretamente recrutando iraquianos que participaram dos serviços de inteligência de Saddam, em nome da eficácia para conter os atentados contra seus militares.
O "Post" trouxe ainda declaração do senador Robert Byrd, para quem a ocupação produz novos opositores. "Nossa ação militar forjou uma perigosa fermentação que pode envenenar os esforços pela paz no Oriente Médio e favorecer um rápido crescimento do terrorismo mundial", disse.
O "The New York Times" tem revelado as discussões sobre a insuficiência da presença militar norte-americana no Iraque, caso o objetivo seja neutralizar os focos internos de resistência. O Pentágono afirma que os 140 mil militares são suficientes.
No Afeganistão, as críticas dizem respeito, sobretudo, à rearticulação do Taleban, grupo extremista islâmico deposto há quase dois anos pela coalizão militar liderada pelos Estados Unidos.
No conflito entre israelenses e palestinos, a constatação menos pessimista é de que o plano de paz de Bush está num impasse, sem que os palestinos desarmem seus terroristas ou os israelenses sinalizem o abandono da política de assentamentos em terras árabes.


Com agências internacionais

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