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ÁSIA
Após o duplo atentado que matou ao menos 50, vice-premiê indiano diz que o vizinho provoca desestabilização; o Paquistão nega
Índia acusa Paquistão de incitar terror
DA REDAÇÃO
O governo da Índia, nação de
maioria hindu, culpou extremistas islâmicos supostamente
apoiados pelo Paquistão, majoritariamente muçulmano, pelo duplo atentado de anteontem em
Bombaim. "Há uma tentativa de
desestabilizar toda a Índia", disse
o vice-premiê, Lal Krishna Advani, em visita aos locais das explosões, onde pelo menos 50 pessoas
morreram e 150 ficaram feridas.
Advani culpou o grupo terrorista islâmico Lashkar-e-Tayyaba,
que luta contra o domínio da Índia sobre a Caxemira, e o Movimento Islâmico dos Estudantes
da Índia, ilegal desde 2001.
"A declaração de Advani não segue os passos conciliatórios iniciados pelos premiês da Índia e do
Paquistão", reagiu o Ministério
das Relações Exteriores do Paquistão. Os comentários mostram
um acirramento das tensões entre
os dois vizinhos, ambos com capacidade nuclear.
As bombas de anteontem, instaladas em dois táxis, explodiram
com poucos minutos de intervalo
no mercado de jóias Zaveri e
diante do Portão da Índia, principal atração turística de Bombaim.
A polícia iniciou ontem a busca
por cinco suspeitos, inclusive
duas mulheres que pegaram o táxi com destino ao Portão da Índia,
mas o abandonaram, deixando
uma bolsa no veículo. O motorista estava do lado de fora do carro
no momento da explosão e sobreviveu. Já o motorista do táxi que
explodiu no mercado morreu.
Dois terços da Caxemira, de
maioria muçulmana, estão sob
domínio da Índia, e um terço, do
Paquistão. O Paquistão quer o
controle total sobre a área.
A Índia acusa o Paquistão de
apoiar e proteger os grupos separatistas da Caxemira e de estimular o terrorismo em território indiano. O Paquistão nega.
No ano passado, os dois vizinhos estiveram perto de iniciar
uma guerra.
Com agências internacionais
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