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São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 2003

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ÁSIA

Após o duplo atentado que matou ao menos 50, vice-premiê indiano diz que o vizinho provoca desestabilização; o Paquistão nega

Índia acusa Paquistão de incitar terror

DA REDAÇÃO

O governo da Índia, nação de maioria hindu, culpou extremistas islâmicos supostamente apoiados pelo Paquistão, majoritariamente muçulmano, pelo duplo atentado de anteontem em Bombaim. "Há uma tentativa de desestabilizar toda a Índia", disse o vice-premiê, Lal Krishna Advani, em visita aos locais das explosões, onde pelo menos 50 pessoas morreram e 150 ficaram feridas.
Advani culpou o grupo terrorista islâmico Lashkar-e-Tayyaba, que luta contra o domínio da Índia sobre a Caxemira, e o Movimento Islâmico dos Estudantes da Índia, ilegal desde 2001.
"A declaração de Advani não segue os passos conciliatórios iniciados pelos premiês da Índia e do Paquistão", reagiu o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão. Os comentários mostram um acirramento das tensões entre os dois vizinhos, ambos com capacidade nuclear.
As bombas de anteontem, instaladas em dois táxis, explodiram com poucos minutos de intervalo no mercado de jóias Zaveri e diante do Portão da Índia, principal atração turística de Bombaim.
A polícia iniciou ontem a busca por cinco suspeitos, inclusive duas mulheres que pegaram o táxi com destino ao Portão da Índia, mas o abandonaram, deixando uma bolsa no veículo. O motorista estava do lado de fora do carro no momento da explosão e sobreviveu. Já o motorista do táxi que explodiu no mercado morreu.
Dois terços da Caxemira, de maioria muçulmana, estão sob domínio da Índia, e um terço, do Paquistão. O Paquistão quer o controle total sobre a área.
A Índia acusa o Paquistão de apoiar e proteger os grupos separatistas da Caxemira e de estimular o terrorismo em território indiano. O Paquistão nega.
No ano passado, os dois vizinhos estiveram perto de iniciar uma guerra.


Com agências internacionais

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