São Paulo, sexta-feira, 27 de agosto de 2010

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FOCO

Suposto restaurante canibal gera mal-estar na Alemanha

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A suposta abertura em Berlim de um restaurante com pratos baseados na culinária dos índios amazônicos wari -que usavam carne humana- vem causando polêmica na Alemanha.
A inauguração do Flimé está prevista para 8 de setembro. Porém, a localização exata é mantida em segredo pelo proprietário, identificado como sendo o brasileiro radicado em Berlim Eduardo Amado. Ele não foi localizado ontem pela Folha.
Em publicidade veiculada na internet e na mídia alemã, o Flimé apela para possíveis doadores. Os interessados podem preencher cadastro no site do restaurante com uma série de perguntas sobre hábitos de saúde.
Ao final do questionário, em letras bem pequenas, lê-se: "Os membros associados concordam em doar para o Flimé qualquer parte de seu corpo, que será determinada pelo próprio associado". Esses órgãos supostamente seriam para as receitas.
O site não faz referência ao uso de carne humana. Mas diz seguir a cultura dos wari, tribo de Rondônia que, no passado, consumia partes dos corpos dos mortos.
O vice-presidente do partido União Democrata-Cristã de Berlim, Michael Braun, não descarta que se trate de uma jogada de marketing.
"Espero que seja apenas uma brincadeira de mau gosto", disse ao jornal "Bild".
Em entrevista postada no YouTube, um homem identificado como Amado, mas com sotaque de Portugal, diz que críticas atraem clientes.
O assunto é particularmente desagradável para os berlinenses devido a um caso de canibalismo real em 2001.
O técnico em computação Bernd Brandes teve o pênis decepado por Armin Meiwes, que o comeu com sal, pimenta e alho. Depois, Meiwes -condenado à prisão perpétua- matou Brandes e consumiu sua carne por meses.


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