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FOCO
Suposto restaurante canibal gera mal-estar na Alemanha
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A suposta abertura em
Berlim de um restaurante
com pratos baseados na culinária dos índios amazônicos
wari -que usavam carne humana- vem causando polêmica na Alemanha.
A inauguração do Flimé
está prevista para 8 de setembro. Porém, a localização
exata é mantida em segredo
pelo proprietário, identificado como sendo o brasileiro
radicado em Berlim Eduardo
Amado. Ele não foi localizado ontem pela Folha.
Em publicidade veiculada
na internet e na mídia alemã,
o Flimé apela para possíveis
doadores. Os interessados
podem preencher cadastro
no site do restaurante com
uma série de perguntas sobre
hábitos de saúde.
Ao final do questionário,
em letras bem pequenas, lê-se: "Os membros associados
concordam em doar para o
Flimé qualquer parte de seu
corpo, que será determinada
pelo próprio associado". Esses órgãos supostamente seriam para as receitas.
O site não faz referência ao
uso de carne humana. Mas
diz seguir a cultura dos wari,
tribo de Rondônia que, no
passado, consumia partes
dos corpos dos mortos.
O vice-presidente do partido União Democrata-Cristã
de Berlim, Michael Braun,
não descarta que se trate de
uma jogada de marketing.
"Espero que seja apenas
uma brincadeira de mau gosto", disse ao jornal "Bild".
Em entrevista postada no
YouTube, um homem identificado como Amado, mas
com sotaque de Portugal, diz
que críticas atraem clientes.
O assunto é particularmente desagradável para os
berlinenses devido a um caso
de canibalismo real em 2001.
O técnico em computação
Bernd Brandes teve o pênis
decepado por Armin Meiwes,
que o comeu com sal, pimenta e alho. Depois, Meiwes
-condenado à prisão perpétua- matou Brandes e consumiu sua carne por meses.
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