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São Paulo, sábado, 27 de setembro de 2003

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Governo francês não pretende abrandar leis

DA REUTERS

Paris resistiu ontem à pressão para levantar sua proibição à eutanásia, embora o premiê Jean-Pierre Raffarin tenha dito que Marie Humbert, que ajudou seu filho a morrer, deve ser tratada com "indulgência".
Raffarin não quis discutir o fim da proibição à eutanásia. "A vida não pertence aos políticos", afirmou o premiê.
O ministro de Assuntos Sociais, François Fillon, também disse que se opunha à alteração da legislação. Anteriormente, porém, ele afirmara que a reforma era necessária e que Marie Humbert deveria sentir orgulho por ter reaberto o debate sobre a eutanásia.
"Como membro do governo, não posso defender que as leis sejam desrespeitadas. Mas temos de abrir um debate sobre a reforma de nossas leis, levando em conta situações como a de Vincent [Humbert]", disse Fillon, na manhã de ontem.
O direito à eutanásia, uma palavra que vem do grego e significa "morte agradável", divide os franceses. Grupos cristãos e de defesa da vida temem que sua legalização possa abrir caminho para abusos. Seus defensores argumentam que a vontade da pessoa que sofre deve ser respeitada.
A Holanda e a Bélgica já legalizaram a eutanásia.


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