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Governo francês
não pretende
abrandar leis
DA REUTERS
Paris resistiu ontem à pressão para levantar sua proibição
à eutanásia, embora o premiê
Jean-Pierre Raffarin tenha dito
que Marie Humbert, que ajudou seu filho a morrer, deve ser
tratada com "indulgência".
Raffarin não quis discutir o
fim da proibição à eutanásia.
"A vida não pertence aos políticos", afirmou o premiê.
O ministro de Assuntos Sociais, François Fillon, também
disse que se opunha à alteração
da legislação. Anteriormente,
porém, ele afirmara que a reforma era necessária e que Marie Humbert deveria sentir orgulho por ter reaberto o debate
sobre a eutanásia.
"Como membro do governo,
não posso defender que as leis
sejam desrespeitadas. Mas temos de abrir um debate sobre a
reforma de nossas leis, levando
em conta situações como a de
Vincent [Humbert]", disse Fillon, na manhã de ontem.
O direito à eutanásia, uma
palavra que vem do grego e significa "morte agradável", divide os franceses. Grupos cristãos e de defesa da vida temem
que sua legalização possa abrir
caminho para abusos. Seus defensores argumentam que a
vontade da pessoa que sofre
deve ser respeitada.
A Holanda e a Bélgica já legalizaram a eutanásia.
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