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Congresso questiona gastos com reconstrução
DA REDAÇÃO
Depois de dividir o pedido ao
Congresso de US$ 87 bilhões para
as operações no Iraque e no Afeganistão, o governo de George W.
Bush está encontrando dificuldade em aprovar os US$ 20 bilhões
reservados à reconstrução do Iraque -os outros US$ 67 milhões
se destinam à ação militar.
Ontem, após críticas na imprensa americana, a Casa Branca se
pronunciou em defesa do pedido
-que, entre outras coisas, prevê
US$ 54 milhões para um estudo
sobre o correio iraquiano.
Dentro do Congresso, as preocupações com o orçamento da reconstrução não se limitam aos democratas (oposição). "O presidente deveria cumprir suas recentes promessas de conter os gastos
fazendo valer o fato de que o novo
Iraque pode e deve pagar por sua
própria reconstrução", disse o deputado republicano Tom Feeney.
Entre os pontos mais polêmicos, estão o pedido de US$ 100 milhões para a construção de sete
comunidades planejadas -que,
ao todo, terão 3.258 casas, estradas, escola primárias, duas escolas secundárias, uma clínica, um
templo e um mercado-, mais
US$ 900 milhões para a importação de produtos derivados do petróleo -quando o Iraque tem a
segunda maior reserva do mundo- e outros US$ 20 milhões para um curso de quatro semanas
sobre negócios para 2.000 alunos.
"Esse pacote assegurará os recursos de que nossos soldados
precisam para fazer seu trabalho e
para garantir um ambiente seguro para que esse trabalho seja um
sucesso", disse o porta-voz da Casa Branca Scott McClellan, que
defendeu especialmente o dinheiro para o correio. "O sistema postal auxilia o livre fluxo de idéias e
informações", afirmou.
Enquanto isso, no Pentágono, o
administrador americano do Iraque, Paul Bremer, afirmava que a
Arábia Saudita e o Kuait deveriam
retirar o pedido de compensações
ao Iraque envolvendo a Guerra do
Golfo (1991), já que são muito
mais ricos que o Iraque.
Rumsfeld
Em meio ao diversos obstáculos
à ocupação americana do Iraque
que surgem, o grupo de direitos
civis MoveOn publicou ontem no
"New York Times" um anúncio
de página inteira em que pede a
demissão do secretário da Defesa,
Donald Rumsfeld, a quem acusa
de "trair os soldados que foram
para a guerra", referindo-se aos
80 mortos no pós-guerra.
Com agências internacionais
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