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São Paulo, sábado, 27 de setembro de 2003

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Congresso questiona gastos com reconstrução

DA REDAÇÃO

Depois de dividir o pedido ao Congresso de US$ 87 bilhões para as operações no Iraque e no Afeganistão, o governo de George W. Bush está encontrando dificuldade em aprovar os US$ 20 bilhões reservados à reconstrução do Iraque -os outros US$ 67 milhões se destinam à ação militar.
Ontem, após críticas na imprensa americana, a Casa Branca se pronunciou em defesa do pedido -que, entre outras coisas, prevê US$ 54 milhões para um estudo sobre o correio iraquiano.
Dentro do Congresso, as preocupações com o orçamento da reconstrução não se limitam aos democratas (oposição). "O presidente deveria cumprir suas recentes promessas de conter os gastos fazendo valer o fato de que o novo Iraque pode e deve pagar por sua própria reconstrução", disse o deputado republicano Tom Feeney.
Entre os pontos mais polêmicos, estão o pedido de US$ 100 milhões para a construção de sete comunidades planejadas -que, ao todo, terão 3.258 casas, estradas, escola primárias, duas escolas secundárias, uma clínica, um templo e um mercado-, mais US$ 900 milhões para a importação de produtos derivados do petróleo -quando o Iraque tem a segunda maior reserva do mundo- e outros US$ 20 milhões para um curso de quatro semanas sobre negócios para 2.000 alunos.
"Esse pacote assegurará os recursos de que nossos soldados precisam para fazer seu trabalho e para garantir um ambiente seguro para que esse trabalho seja um sucesso", disse o porta-voz da Casa Branca Scott McClellan, que defendeu especialmente o dinheiro para o correio. "O sistema postal auxilia o livre fluxo de idéias e informações", afirmou.
Enquanto isso, no Pentágono, o administrador americano do Iraque, Paul Bremer, afirmava que a Arábia Saudita e o Kuait deveriam retirar o pedido de compensações ao Iraque envolvendo a Guerra do Golfo (1991), já que são muito mais ricos que o Iraque.

Rumsfeld
Em meio ao diversos obstáculos à ocupação americana do Iraque que surgem, o grupo de direitos civis MoveOn publicou ontem no "New York Times" um anúncio de página inteira em que pede a demissão do secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, a quem acusa de "trair os soldados que foram para a guerra", referindo-se aos 80 mortos no pós-guerra.


Com agências internacionais

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