|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Frear chavismo é lema máximo da oposição
DE CARACAS
Na zona nobre de Caracas, bastião dos opositores,
um carro de som circulava
ontem a uma hora do fechamento as urnas: "Vizinho!
Vizinha! Vamos votar, ainda dá tempo".
Era o último esforço dos
opositores da chamada Mesa de Unidade para somar o
maior número de votos possível -ainda que não servissem para aumentar o número de cadeiras na nova
Assembleia Nacional- e fazer frente ao chavismo.
Mais cedo, havia otimismo de opositores num centro de votação de Sebucán
(leste). "Todo mundo está
vindo votar de manhã, com
medo das chuvas que têm
chegado à tardinha", dizia
Juvenal Ojeda, 45, empregado de uma seguradora.
"O primeiro a fazer é frear
Chávez. Para fazer com que
a Assembleia legisle para
todos, e não só para as zonas populares, que não seja
mais excludente", pedia
Ojeda. "O governo não desenhou nenhuma política
para essa área da cidade."
Mas nem só a classe média se queixa. Alexander
Morillo, 35, usava o metrô
-gratuito o dia inteiro ontem- para ir votar em Miranda, nos arredores de Caracas. Seria a primeira vez,
em 11 anos, que não votaria
no governo.
"Chávez perdeu 8 votos
na minha casa. Só a minha
mãe vai votar no governo",
disse o vendedor ambulante. Para ele, a revolução perdeu o rumo e jogou dinheiro
fora. (FM)
Texto Anterior: Chávez guia militância no Twitter desde madrugada Próximo Texto: Usinas nucleares do Irã são alvo de vírus Índice | Comunicar Erros
|