São Paulo, segunda-feira, 27 de setembro de 2010

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Frear chavismo é lema máximo da oposição

DE CARACAS

Na zona nobre de Caracas, bastião dos opositores, um carro de som circulava ontem a uma hora do fechamento as urnas: "Vizinho! Vizinha! Vamos votar, ainda dá tempo".
Era o último esforço dos opositores da chamada Mesa de Unidade para somar o maior número de votos possível -ainda que não servissem para aumentar o número de cadeiras na nova Assembleia Nacional- e fazer frente ao chavismo.
Mais cedo, havia otimismo de opositores num centro de votação de Sebucán (leste). "Todo mundo está vindo votar de manhã, com medo das chuvas que têm chegado à tardinha", dizia Juvenal Ojeda, 45, empregado de uma seguradora.
"O primeiro a fazer é frear Chávez. Para fazer com que a Assembleia legisle para todos, e não só para as zonas populares, que não seja mais excludente", pedia Ojeda. "O governo não desenhou nenhuma política para essa área da cidade."
Mas nem só a classe média se queixa. Alexander Morillo, 35, usava o metrô -gratuito o dia inteiro ontem- para ir votar em Miranda, nos arredores de Caracas. Seria a primeira vez, em 11 anos, que não votaria no governo.
"Chávez perdeu 8 votos na minha casa. Só a minha mãe vai votar no governo", disse o vendedor ambulante. Para ele, a revolução perdeu o rumo e jogou dinheiro fora. (FM)


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