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Usinas nucleares do Irã são alvo de vírus
Especialistas em segurança de computadores afirmam que o Stuxnet é o primeiro com fim de atacar indústrias
Governo iraniano diz que apenas as máquinas de funcionários foram contaminadas, e não as atividades das centrais
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Computadores usados por
funcionários de usinas nucleares do Irã foram alvo do
ataque de um vírus projetado
para sabotar sistemas de informação industrial, afirmaram autoridades da Organização Iraniana de Energia
Atômica.
O governo iraniano, porém, nega que o vírus tenha
afetado as atividades de
quaisquer das instalações
nucleares do país, como a de
Bushehr.
"Desmentimos que o sistema de informação da central
tenha sido afetado pelo vírus", disse Mahmoud Javari,
diretor da usina de Bushehr,
ao canal iraniano Al Alam.
Segundo a empresa americana de segurança de tecnologia Symantec, 60% dos 45
mil computadores contaminados pelo Stuxnet no mundo estão localizados no Irã;
outros 18% na Indonésia e só
2% nos EUA. Quase 30 mil
provedores de internet iranianos foram afetados.
O número de casos no Irã
gerou a desconfiança de que
o ataque tenha sido resultado de um plano contra o programa nuclear iraniano.
A agência nuclear do Irã já
havia tomado medidas preventivas para combater o vírus antes de o programa entrar na rede. Os técnicos iranianos se reuniram na semana passada para discutir maneiras de remover e controlar
as infecções.
"O virus-espião Stuxnet foi
criado em alinhamento à
guerra eletrônica do Ocidente contra o Irã", disse Mahmoud Liayi, secretário iraniano do Conselho de Tecnologia de Informação do Ministério das Indústrias, ao
jornal "Iran Daily".
No mês passado, técnicos
americanos haviam anunciado que o Stuxnet era o primeiro vírus de computador
no mundo desenvolvido especificamente para atacar
plantas industriais.
O pesquisador de segurança em informática alemão
Ralph Langner analisou o código do programa e concluiu
que o alvo seria o sistema nuclear do Irã. Mas Langner ressalva: "Essa ideia é ainda especulativa".
Testes estão em andamento em laboratórios de todo o
mundo para compreender as
características do vírus. Vários analistas e peritos oficiais dizem que ainda não é
possível determinar por enquanto quem o desenvolveu
e com qual objetivo.
O especialista Liam Murchu, da Symantec, disse que
podem existir outros alvos
para o Stuxnet, como as tubulações de petróleo.
Ele afirma que não seria fácil para uma equipe comum
produzir esse tipo de programa e que somente uma agência governamental teria essa
capacidade. Muitos países teriam tecnologia em informática suficiente para programar o código do Stuxnet.
Murchu cita China, Russia, Israel, Reino Unido, Alemanha e EUA como alguns
dos governos com os recursos necessários para planejarem um ataque.
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