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São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 2003

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RELIGIÃO

Juiz manda tirar cruz de escola e causa revolta

DA REUTERS

Ministros e cardeais italianos se uniram ontem para defender a presença de crucifixos nas escolas públicas do país, depois que um tribunal ordenou que uma delas tirasse o símbolo de suas paredes.
O tribunal, de L'Aquila (centro da Itália), deu a ordem em resposta a uma demanda de Adel Smith, muçulmano que não queria que seus dois filhos vissem crucifixos na escola primária onde estudam. Na sentença, o juiz escreveu que os crucifixos "mostram o desejo inequívoco do Estado de pôr o catolicismo no centro do universo em escolas públicas, sem consideração por outras religiões".
"Como alguém pode mandar retirar um símbolo dos valores básicos de nosso país? Isso ofende a maioria dos italianos", disse o cardeal Ersilio Tonini.
"Foi uma decisão ultrajante, que deveria ser anulada.", disse o ministro do Trabalho, Roberto Maroni. O ministro da Justiça, Roberto Castelli, disse que vai investigar a legalidade da decisão.
Duas leis ainda determinam que as escolas devem expor crucifixos, ambas da década de 20. Mas, desde 1984, quando o catolicismo deixou de ser a religião do Estado, as leis não têm sido mais aplicadas com rigor.


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