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Órgão cita Brasil
como modelo
de prevenção
DA SUCURSAL DO RIO
O Brasil é considerado o
"carro-chefe" mundial na
questão da prevenção e do
tratamento da Aids pela
Unaids, apesar de registrar
uma taxa relativamente alta
de pessoas infectadas pelo
vírus HIV: 0,5% da população. O desempenho se deve
em parte a uma lei de 1994
que prevê a distribuição gratuita de remédios anti-Aids.
Segundo o Unaids, até setembro de 2001, 222.356 casos de Aids haviam sido notificados no Brasil, mas estimativas indicam que cerca
de 597 mil pessoas tenham a
doença hoje no país.
Estudos mostram que, no
Brasil, a transmissão do HIV
acontece principalmente
por meio de relações sexuais, com exceção dos Estados da região Sul, como o
Rio Grande do Sul, e de algumas cidades do interior de
São Paulo, onde o contágio é
mais comum pelo uso de
drogas injetáveis.
As pessoas menos escolarizadas são as maiores vítimas da doença no país.
Segundo o diretor para
América Latina e Europa da
Unaids, Luiz Antônio Loures, com exceção do Brasil,
praticamente não há programas intensivos de tratamentos de doentes de Aids em
países em desenvolvimento,
que concentram 90% dos casos da doença no mundo.
De acordo com dados da
Unaids, há apenas 230 mil
pessoas nesses países que estão sendo submetidas a algum tipo de tratamento contra o HIV. Desse total, 170
mil estão no Brasil.
Como consequência, as internações por Aids no país
caíram de 1,7 por paciente
no ano para 0,3. Segundo as
projeções do Banco Mundial, o Brasil entraria no século 21 com 1,2 milhão de infectados, mas a estimativa de
infectados hoje é de 600 mil.
Entre 1991 e 1995, houve 14
casos por 100 mil habitantes.
De 1996 a 2001, foram 11 casos por 100 mil habitantes.
"Se hoje as autoridades e
as grandes organizações
mundiais acreditam que vale a pena investir em tratamento, nós devemos isso ao
Brasil, porque foi ele quem
provou que isso é possível e
viável", disse Loures.
(SP)
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