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Segundo Celso Amorim, Brasil "não veio à toa"
DE WASHINGTON
O convite ao Brasil para participar da conferência de paz de
Annapolis mostra uma atitude
nova do mundo em relação ao
tema. E é ainda uma convicção
da comunidade internacional a
de que países em desenvolvimento podem contribuir com a
solução do problema.
Ambas as opiniões são do
chanceler Celso Amorim, que
representará o país. "O Brasil
não está aqui à toa", resumiu.
Amorim disse ontem que "há
60 anos o tema tem sido discutido apenas pelas grandes potências ou pelas ex-potências
coloniais, e não se chegou a
uma solução".
O Brasil pleiteia um assento
permanente no Conselho de
Segurança da ONU e vê na participação inédita uma oportunidade para angariar aliados. O
diplomata não fez ontem a ligação entre os assuntos, mas
acredita que há "uma percepção de que é importante alargar
o círculo, para que o resultado
tenha maior legitimidade."
Sobre as idéias que o Brasil
apresentaria hoje, Amorim foi
vago. Disse que o país pode contribuir com dinheiro para um
fundo de auxílio à Palestina e
"promover contatos na sociedade civil, entre parlamentos e
partidos".
(SD)
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