de Londres

Mais um mês, mais uma queda nos números de circulação da imprensa britânica. Todo jornal diário, com exceção de um, viu suas vendas caírem no mês passado se comparadas a outubro.
O único diário que escapou foi o "The Guardian", que aumentou suas vendas a uma média de 800 exemplares por dia.
A comparação com cifras do ano passado não aponta para um quadro mais favorável. O total de jornais vendidos diariamente caiu cerca de 152 mil exemplares por dia se comparado com o mesmo número em novembro de 1997. Apenas três jornais aumentaram suas vendas nessa categoria.
Nas publicações de domingo, só o "The Independent on Sunday" teve um aumento de vendas mês a mês de 1.500 exemplares por dia. Comparado com a circulação de novembro, todas as publicações de domingo tiveram quedas nas vendas.
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Mercado em retração "Os jornais são um mercado que deve encolher a longo prazo", diz Laura James, da New PHD, agência de mídia. James acredita que a consequência será a impossibilidade por parte dos anunciantes de atingir um grande público rapidamente.
"Não atingimos a crise ainda", diz ela. "Mas já há anunciantes tendo de achar meios de difusão mais específicas para atingir seu público-alvo." A tendência reflete-se no crescimento dos mercados de revista e rádio.
Particularmente problemático é o desaparecimento dos leitores com idades entre 15 e 24 anos. Eles são o grupo demográfico que mais encolhe e deveriam ser o futuro mercado de jornais.
"Eles estão se informando de outras maneiras, e o papel dos jornais em suas vidas está mudando", diz James.
"Ao invés de comprarem o mesmo jornal religiosamente todos os dias para obter informações, forma-se uma geração que decide comprar um jornal na segunda-feira para ver as notícias de esporte e que, então, não vai comprar mais nenhum jornal até sábado, quando então compram outro diário, que lhes ofereça, por exemplo, uma seção melhor sobre TV."
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