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São Paulo, terça-feira, 28 de janeiro de 2003

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VIZINHO EM CRISE

Grupos ainda se dividem sobre a estratégia

Oposição da Venezuela discute flexibilização da greve anti-Chávez

DA REDAÇÃO

A oposição da Venezuela pode "flexibilizar" a greve contra o presidente do país, Hugo Chávez, mas havia divisões sobre como manter a paralisação.
Alguns líderes opositores, que iniciaram a greve em 2 de dezembro para derrubar Chávez, disseram ontem que os shoppings centers e as redes de fast food poderiam receber permissão para reabrir, pois a longa paralisação estaria sufocando o setor privado.
"As pessoas estão paradas há 50 dias e têm feito um grande sacrifício", afirmou o líder opositor Julio Borges. "Algumas pessoas planejam reabrir seu comércio, sua indústria, retomar as suas atividades. Devemos respeitá-las, pois essa greve é voluntária."
Os líderes da oposição estavam reunidos ontem. Havia entre eles grandes divisões sobre o rumo que a paralisação deve tomar. O líder empresarial Carlos Fernandez disse que o protesto deveria ser endurecido e tentou diminuir o peso das declarações dos opositores que pedem a flexibilização da greve. "Estamos observando todas as alternativas e propostas por todos os setores. Continuaremos lutando", disse Fernandez.
O principal problema da greve se encontra no setor petroleiro. Os trabalhadores parados somente aceitam retornar ao trabalho após os funcionários demitidos da estatal de petróleo, a PDVSA, serem readmitidos.
A Igreja Católica da Venezuela disse ontem estar preocupada com a possibilidade de que o país "caia na anarquia" e pediu ao governo e à oposição que negociem um acordo para pôr fim à greve.


Com agências internacionais


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