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VIZINHO EM CRISE
Grupos ainda se dividem sobre a estratégia
Oposição da Venezuela discute flexibilização da greve anti-Chávez
DA REDAÇÃO
A oposição da Venezuela pode
"flexibilizar" a greve contra o presidente do país, Hugo Chávez,
mas havia divisões sobre como
manter a paralisação.
Alguns líderes opositores, que
iniciaram a greve em 2 de dezembro para derrubar Chávez, disseram ontem que os shoppings centers e as redes de fast food poderiam receber permissão para reabrir, pois a longa paralisação estaria sufocando o setor privado.
"As pessoas estão paradas há 50
dias e têm feito um grande sacrifício", afirmou o líder opositor Julio Borges. "Algumas pessoas planejam reabrir seu comércio, sua
indústria, retomar as suas atividades. Devemos respeitá-las, pois
essa greve é voluntária."
Os líderes da oposição estavam
reunidos ontem. Havia entre eles
grandes divisões sobre o rumo
que a paralisação deve tomar. O
líder empresarial Carlos Fernandez disse que o protesto deveria
ser endurecido e tentou diminuir
o peso das declarações dos opositores que pedem a flexibilização
da greve. "Estamos observando
todas as alternativas e propostas
por todos os setores. Continuaremos lutando", disse Fernandez.
O principal problema da greve
se encontra no setor petroleiro.
Os trabalhadores parados somente aceitam retornar ao trabalho
após os funcionários demitidos
da estatal de petróleo, a PDVSA,
serem readmitidos.
A Igreja Católica da Venezuela
disse ontem estar preocupada
com a possibilidade de que o país
"caia na anarquia" e pediu ao governo e à oposição que negociem
um acordo para pôr fim à greve.
Com agências internacionais
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