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"Na capital, situação piora a cada hora"
LUCIANA COELHO
DA REDAÇÃO
A situação de segurança
em Porto Príncipe se agravou ontem com saques ao
porto e ao aeroporto. A Folha falou, por telefone, com
Simon Pluess, um dos representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha
na capital.
Leia a seguir os principais
trechos da entrevista.
Folha - Como está a situação
em Porto Príncipe?
Simon Pluess - A situação
está ficando mais perigosa.
Há grupos populares reforçando a resistência e aguardando a chegada dos rebeldes. E esses grupos estão se
tornando mais agressivos,
mesmo em relação aos grupos humanitários. Temos tido problemas principalmente nos hospitais, onde
eles não deixam nossos funcionários trabalharem... A
situação, a cada hora, piora.
Folha - Tem havido saques?
Pluess - Houve saques ao
porto, hoje [ontem] houve
na região do aeroporto... A
situação está começando a
sair do controle, e essa anarquia leva as pessoas a aproveitar para saquear.
Folha - Muita gente está
tentando deixar a cidade?
Pluess - Não. Agora não há
mais como chegar ao aeroporto nem como passar pelas estradas.
Folha - E os estrangeiros?
Pluess - Muitos já deixaram
o país. Mas não ouvimos falar em problema com eles.
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