São Paulo, sábado, 28 de fevereiro de 2004

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"Na capital, situação piora a cada hora"

LUCIANA COELHO
DA REDAÇÃO

A situação de segurança em Porto Príncipe se agravou ontem com saques ao porto e ao aeroporto. A Folha falou, por telefone, com Simon Pluess, um dos representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na capital.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista.
 

Folha - Como está a situação em Porto Príncipe?
Simon Pluess -
A situação está ficando mais perigosa. Há grupos populares reforçando a resistência e aguardando a chegada dos rebeldes. E esses grupos estão se tornando mais agressivos, mesmo em relação aos grupos humanitários. Temos tido problemas principalmente nos hospitais, onde eles não deixam nossos funcionários trabalharem... A situação, a cada hora, piora.

Folha - Tem havido saques?
Pluess -
Houve saques ao porto, hoje [ontem] houve na região do aeroporto... A situação está começando a sair do controle, e essa anarquia leva as pessoas a aproveitar para saquear.

Folha - Muita gente está tentando deixar a cidade?
Pluess -
Não. Agora não há mais como chegar ao aeroporto nem como passar pelas estradas.

Folha - E os estrangeiros?
Pluess -
Muitos já deixaram o país. Mas não ouvimos falar em problema com eles.


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