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SAIBA MAIS
Ditador sírio apóia grupos extremistas islâmicos
DA REDAÇÃO
Difícil imaginar a motivação
de grupos terroristas islâmicos
para atacar em Damasco, já que
a Síria hoje é acusada, por Israel
e EUA, de abrigá-los e apoiá-los.
Não foi sempre assim. Em fevereiro de 1982, uma rebelião de
extremistas islâmicos na cidade
de Hama foi esmagada pelo ditador Hafez al Assad (1970-2000). Segundo grupos de direitos humanos, milhares foram
mortos (fala-se em até 20 mil).
Já a minoria curda do país,
quase 10% da população, entrou
em conflito com forças de segurança em março último, após
distúrbios numa partida de futebol. Ao menos 24 curdos teriam morrido (há relatos de
mais mortes) e mil teriam sido
detidos. Damasco teme que os
curdos sírios tentem obter mais
autonomia, inspirados nos curdos do norte do Iraque.
A Síria faz parte da lista de países que os EUA acusam de
apoiar o terror. É acusada ainda
de permitir ou não impedir a
entrada de "combatentes estrangeiros" no vizinho Iraque.
Damasco abriga sedes de grupos terroristas palestinos como
o Hamas e é um dos principais
apoiadores do Hizbollah, o grupo extremista xiita libanês.
O Congresso dos EUA aprovou no final do ano passado lei
que estabelece sanções diplomáticas e econômicas contra a
Síria "por desenvolver armas de
destruição em massa, apoiar o
terrorismo e ocupar o Líbano".
Em 2000, após a morte do pai,
o jovem Bachar al Assad, formado em oftalmologia no Reino
Unido, chegou ao poder fez com
que alguns vislumbrassem uma
abertura política e econômica.
Assad pai dominou a Síria
com mão-de-ferro ao longo de
quase três décadas, alegando a
"ameaça sionista": Israel ocupa
até hoje o Golã, tomado na guerra de 1967.
Mas Assad filho era inexperiente politicamente. E analistas
crêem que os assessores linha-dura do pai acabaram por dar o
tom duro de seu governo, após
pequenos sinais de abertura.
No ano passado, a queda do
ditador Saddam Hussein, do
mesmo partido de Assad, o
Baath, novamente deu esperanças de abertura na Síria, o que
ainda não ocorreu.
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