São Paulo, sábado, 28 de abril de 2007

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EQUADOR

Ministro quer reduzir relação do país com Banco Mundial

DA REDAÇÃO

O Equador quer reduzir ao mínimo a relação com o Banco Mundial, apesar de o órgão ter declarado que gostaria de "manter o diálogo no mais alto nível" com o governo do país, afirmou ontem o ministro da Economia, Ricardo Patiño.
Anteontem, o presidente Rafael Correa declarou o representante do órgão em Quito, o brasileiro Eduardo Somensatto, "persona non grata" devido à suspensão, em 2005, de um empréstimo já aprovado de US$ 100 milhões, como represália às reformas na lei de fundos do petróleo, que antes da mudança destinava 70% da renda obtida com o principal produto equatoriano ao pagamento da dívida externa.
Somensatto se encontra desde o dia 22 em Washington, onde fica a sede do banco, e retornaria a Quito amanhã. Para o ministro, "o Banco Mundial cometeu um erro inaceitável" quando tentou "impor decisões absolutamente irregulares".
Ontem, Patiño anunciou que o Equador não descartou a possibilidade de declarar uma suspensão de pagamentos da dívida caso algum dos empréstimos feitos no país seja considerado ilegítimo.
Por meio de um comunicado, o Banco Mundial anunciou sua "intenção de manter o diálogo no mais alto nível com autoridades do país".
A expulsão do representante do Banco Mundial já havia sido anunciado por Correa em 15 de abril. O presidente afirmou ontem que se "reserva no direito de qualificar como ilegal a dívida que temos com o Banco Mundial" e disse que, por ele, o órgão pode se retirar do país. Segundo informações de fontes diplomáticas obtidas pela France Presse, embora Somensatto tenha sido expulso, não significa que as relações do órgão com Quito serão suspensas. Há a possibilidade de o Banco chamar um novo representante. Recentemente, o Equador deu por terminada suas relações com o FMI ao pagar o que devia antes do vencimento.


Com agências internacionais


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