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EQUADOR
Ministro quer reduzir relação do país com Banco Mundial
DA REDAÇÃO
O Equador quer reduzir ao
mínimo a relação com o Banco Mundial, apesar de o órgão ter declarado que gostaria de "manter o diálogo no
mais alto nível" com o governo do país, afirmou ontem o
ministro da Economia, Ricardo Patiño.
Anteontem, o presidente
Rafael Correa declarou o representante do órgão em
Quito, o brasileiro Eduardo
Somensatto, "persona non
grata" devido à suspensão,
em 2005, de um empréstimo
já aprovado de US$ 100 milhões, como represália às reformas na lei de fundos do
petróleo, que antes da mudança destinava 70% da renda obtida com o principal
produto equatoriano ao pagamento da dívida externa.
Somensatto se encontra
desde o dia 22 em Washington, onde fica a sede do banco, e retornaria a Quito amanhã. Para o ministro, "o Banco Mundial cometeu um erro
inaceitável" quando tentou
"impor decisões absolutamente irregulares".
Ontem, Patiño anunciou
que o Equador não descartou
a possibilidade de declarar
uma suspensão de pagamentos da dívida caso algum dos
empréstimos feitos no país
seja considerado ilegítimo.
Por meio de um comunicado, o Banco Mundial anunciou sua "intenção de manter
o diálogo no mais alto nível
com autoridades do país".
A expulsão do representante do Banco Mundial já
havia sido anunciado por
Correa em 15 de abril. O presidente afirmou ontem que
se "reserva no direito de qualificar como ilegal a dívida
que temos com o Banco
Mundial" e disse que, por ele,
o órgão pode se retirar do
país. Segundo informações
de fontes diplomáticas obtidas pela France Presse, embora Somensatto tenha sido
expulso, não significa que as
relações do órgão com Quito
serão suspensas. Há a possibilidade de o Banco chamar
um novo representante. Recentemente, o Equador deu
por terminada suas relações
com o FMI ao pagar o que devia antes do vencimento.
Com agências internacionais
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