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Presidente afegão escapa ileso de atentado em Cabul
Disparos e explosões durante desfile militar deixam três mortos e 12 feridos; Taleban assume autoria dos ataques
É o terceiro atentado a que Hamid Karzai sobrevive desde 2002; um chefe tribal de Cabul e um parlamentar estão entre os mortos
DA REDAÇÃO
O presidente do Afeganistão,
Hamid Karzai, escapou ileso de
um ataque feito por militantes
do Taleban durante um desfile
militar, ontem, em Cabul. Três
pessoas morreram -entre elas
uma criança de dez anos- e 12
pessoas ficaram feriadas, segundo o governo. Representantes da ONU e embaixadores do
Reino Unido e dos EUA também assistiam ao desfile, que
comemorava a vitória dos afegãos contra as tropas de ocupação soviéticas. No atentado, foram dispararam foguetes e tiros de metralhadoras contra o
palco onde estava o presidente.
O Ministério da Defesa afirmou que um dos mortos era um
chefe tribal de Cabul e outro
era um parlamentar que não
resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
"Assim que ouvimos as balas,
o presidente foi protegido por
seus guarda-costas", disse à
France Presse o ministro da
Saúde afegão, Mohammad
Amin Fatimie, que estava próximo de Karzai no momento do
ataque. "Quando as balas atingiam o palco, vi algo, provavelmente uma granada, cair e estourar em frente do palco", disse Fatimie.
O porta-voz do Taleban, Zabihula Muhajed, confirmou a
autoria do ataque e que três de
seus membros morreram. Mas
negou que haviam tentado matar o presidente. "Queríamos
mostrar ao mundo que podemos atacar quando e onde queremos", disse.
Mais tarde, em uma mensagem transmitida pela televisão,
Karzai disse que alguns suspeitos de participar do atentado
foram detidos. "Por sorte as
forças de segurança afegãs os
cercaram rapidamente. Alguns
deles foram detidos", disse
Karzai. Houve troca de tiros
que durou cerca de 30 minutos,
de acordo com testemunhas.
Karzai sobreviveu a duas tentativas de assassinato. A primeira foi em 2002, quando um
guarda disparou contra seu veículo em Kandahar. Na segunda
vez, em 2004, um homem foi
detido com uma bomba endereçada ao presidente. No começo de abril, França e EUA defenderam que a Otan enviasse
mais soldados para o Afeganistão, durante o encontro de cúpula da organização.
Com agências internacionais
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