São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2008

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Presidente afegão escapa ileso de atentado em Cabul

Disparos e explosões durante desfile militar deixam três mortos e 12 feridos; Taleban assume autoria dos ataques

É o terceiro atentado a que Hamid Karzai sobrevive desde 2002; um chefe tribal de Cabul e um parlamentar estão entre os mortos


DA REDAÇÃO

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, escapou ileso de um ataque feito por militantes do Taleban durante um desfile militar, ontem, em Cabul. Três pessoas morreram -entre elas uma criança de dez anos- e 12 pessoas ficaram feriadas, segundo o governo. Representantes da ONU e embaixadores do Reino Unido e dos EUA também assistiam ao desfile, que comemorava a vitória dos afegãos contra as tropas de ocupação soviéticas. No atentado, foram dispararam foguetes e tiros de metralhadoras contra o palco onde estava o presidente.
O Ministério da Defesa afirmou que um dos mortos era um chefe tribal de Cabul e outro era um parlamentar que não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
"Assim que ouvimos as balas, o presidente foi protegido por seus guarda-costas", disse à France Presse o ministro da Saúde afegão, Mohammad Amin Fatimie, que estava próximo de Karzai no momento do ataque. "Quando as balas atingiam o palco, vi algo, provavelmente uma granada, cair e estourar em frente do palco", disse Fatimie.
O porta-voz do Taleban, Zabihula Muhajed, confirmou a autoria do ataque e que três de seus membros morreram. Mas negou que haviam tentado matar o presidente. "Queríamos mostrar ao mundo que podemos atacar quando e onde queremos", disse.
Mais tarde, em uma mensagem transmitida pela televisão, Karzai disse que alguns suspeitos de participar do atentado foram detidos. "Por sorte as forças de segurança afegãs os cercaram rapidamente. Alguns deles foram detidos", disse Karzai. Houve troca de tiros que durou cerca de 30 minutos, de acordo com testemunhas.
Karzai sobreviveu a duas tentativas de assassinato. A primeira foi em 2002, quando um guarda disparou contra seu veículo em Kandahar. Na segunda vez, em 2004, um homem foi detido com uma bomba endereçada ao presidente. No começo de abril, França e EUA defenderam que a Otan enviasse mais soldados para o Afeganistão, durante o encontro de cúpula da organização.


Com agências internacionais


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