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Russo faz ironia com saúde de Clinton, brinca com Chirac e convida Blair para jogar tênis
Ieltsin rouba a cena na cúpula de Paris
de Londres
Boris Ieltsin quebrou por várias
vezes a atmosfera burocrática na
reunião dos países da Otan, mostrando que está se recuperando
bem dos problemas de saúde que o
afastaram do poder por oito meses
meses, até fevereiro último.
O momento mais marcante foi
quando ele foi ao microfone e fez o
anúncio inesperado sobre o redirecionamento das armas nucleares
de seu país.
Assessores da Rússia e dos EUA
entraram em pânico, e o sentido a
declaração só foi esclarecido depois, por um porta-voz.
Quando chegou a sua vez de assinar o documento, respirou profundamente, de maneira teatral,
como se ainda estivesse indeciso.
Depois, abriu um grande sorriso
e movimentou sua caneta como se
quisesse cravá-la no papel.
Ieltsin também brincou com Bill
Clinton, que ainda se recupera de
uma lesão no joelho. Quando o
presidente dos EUA se levantou
para discursar, Ieltsin, 66, que teve
problemas cardíacos e pneumonia, entregou a ele sua bengala,
com um sorriso irônico.
O bastão também serviu a outra
"gag" do líder russo. Enquanto o
anfitrião Jacques Chirac falava,
Ieltsin a agarrou e, com uma fingida expressão de ódio, ameaçou dar
uma bengalada no colega.
O presidente russo também desafiou o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, para uma
partida de tênis. Ieltsin convidou o
premiê para visitar Moscou em
outubro.
Em poucos momentos Ieltsin pareceu abatido. Na chegada ao Palácio do Eliseu ele acenou para fotógrafos, mas passou rígido pela
guarda de honra, sendo conduzido
para o interior por Jacques Chirac.
Ele também se comportou de
maneira estranha quando foi abraçado pelo secretário-geral da Otan,
o espanhol Javier Solana.
Aparentemente, Ieltsin ficou
confuso quanto ao número de vezes que deveria beijar Solana na face, uma típica demonstração russa
de afeto. O presidente russo acabou beijando o principal homem
da Otan uma só vez.
(PHB)
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