São Paulo, sábado, 28 de maio de 2005

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JUSTIÇA

País se nega a prender cubano acusado de terror a fim de extraditá-lo a Caracas

EUA rejeitam pedido venezuelano

DA REDAÇÃO

Os EUA rejeitaram ontem a primeira tentativa da Venezuela de extraditar o cubano Luis Posada Carriles, acusado de terrorismo, ao negar o pedido de prisão preventiva para fins de extradição feito pelo governo venezuelano, alegando que carecia de suficiente fundamentação legal.
A Embaixada da Venezuela em Washington avaliou que ela não impedia uma eventual extradição do suposto terrorista e disse que vai providenciar os documentos necessários.
"A não procedência, neste momento, da detenção não impede a solicitação de extradição desse cidadão, de acordo com tratado de extradição existente entre os dois países", afirmou em nota.
"É importante o fato de finalmente termos alguma informação sobre o status de nosso pedido", disse o embaixador venezuelano, Bernardo Alvarez.
O Departamento da Justiça americano decidiu que o pedido não apresentava "evidências contra o acusado para emissão de um pedido de detenção nos EUA", segundo afirmou um funcionário.
O chanceler venezuelano, Alí Rodríguez, afirmou ontem que o pedido não deve ser interpretado como um ultimato ou uma ameaça, mas que Caracas continuará sua pressão pela extradição "até que a justiça seja feita".
Radical anticastrista e um ex-colaborador da CIA, Posada Carriles, 77, foi preso na semana passada em Miami, depois de passar dois meses escondido ilegalmente nos EUA. Dias depois, ele foi indiciado pelo governo americano por violação de leis imigratórias.
O governo do presidente Hugo Chávez quer sua extradição para julgá-lo por sua suposta participação em atentado contra um avião civil cubano, em 1976, que matou 73 pessoas.


Com agências internacionais

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