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IRAQUE OCUPADO
Menino foi confundido com um homem armado; em novo ataque às tropas dos EUA, soldado é alvejado na nuca
Americanos matam iraquiano de 11 anos
DA REDAÇÃO
Um soldado dos EUA foi gravemente ferido ontem ao receber
um tiro na nuca enquanto examinava uma banca de camelô no subúrbio de Kadhimiya, noroeste de
Bagdá. Em outro incidente na capital, um menino de 11 anos foi
morto por soldados que o tomaram por um homem armado.
Segundo o major Sean Gibson,
porta-voz militar dos EUA, os soldados atiraram ao ver uma pessoa
com um fuzil AK-47 movimentando-se sobre a laje de uma casa.
"Só ao procurarem [o corpo] descobriram se tratar de um menino
de 11 anos", disse Gibson.
Os americanos estão em estado
de alerta no Iraque após sofrerem
21 baixas em "situações hostis"
-como o Comando Central
Americano (Centcom) chama as
mortes em confronto com iraquianos- desde que o fim das
principais operações de combate
foi declarado, em 1º de maio.
Ontem, em viagem presidencial
à Califórnia, o porta-voz da Casa
Branca, Ari Fleischer, minimizou
os ataques das últimas semanas,
mas lamentou as baixas. "O presidente [George W. Bush] está determinado a fazer o que prometeu: ajudar a estabilizar o Iraque.
E o Iraque está se tornando, em
muitos pontos, mais estável. A
violência está em locais isolados."
No incidente com o soldado ontem, testemunhas disseram que o
tiro veio de uma aglomeração e
que não foi possível identificar o
agressor. Ninguém foi preso.
Em contrapartida, o Centcom
anunciou a detenção de seis iraquianos suspeitos pelo desaparecimento de dois soldados na região de Balad, 90 km ao norte de
Bagdá, anteontem. As buscas pelos soldados prosseguem.
Em Bagdá, onde a tensão é alimentada pela constante falta de
eletricidade, um caminhão americano foi atingido por explosivos,
mas não houve vítimas. Em Baquba, 70 km a noroeste da capital,
dois americanos foram feridos
em um ataque com granadas de
morteiro. E em Basra (sul), soldados britânicos descobriram um
lança-mísseis dentro de um hospital -durante a guerra, o então
ditador Saddam Hussein infiltrou
tropas e armamentos em bairros
residenciais para dificultar os
bombardeios anglo-americanos.
O Pentágono anunciou ontem o
retorno dos cinco guardas de
fronteira sírios feridos por suas
tropas no último dia 18, durante
ataque a uma caravana iraquiana
que cruzava a fronteira supostamente levando foragidos. Os EUA
ainda não esclareceram o envolvimento sírio no incidente, tampouco em que lado da fronteira o
ataque ocorreu.
Com agências internacionais
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