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Holanda abre "centro de deportação"
DA REDAÇÃO
A Holanda abriu ontem seu primeiro "centro de deportação",
onde ficarão detidos à espera da
deportação imigrantes ilegais e
pessoas que tiveram seu pedido
de asilo rejeitado -inclusive mulheres e crianças. Para grupos de
direitos humanos, o centro de detenção difere muito pouco de
uma prisão comum.
O centro inaugurado ontem
tem capacidade inicial para quase
200 prisioneiros e fica no aeroporto de Roterdã. Até o final do ano,
será aberto mais um no aeroporto
Schiphol, em Amsterdã, inicialmente para cem pessoas.
A previsão é de que os centros
possam abrigar até 600 pessoas.
Esse projeto está no plano "O Caminho para uma Sociedade Mais
Segura", criado pelo premiê Jan
Balkenende, de centro-direita.
A porta-voz do Conselho de Refugiados Holandês, Trees Wijn,
disse que a prisão é uma punição
muito dura e deveria ser usada
apenas como último recurso.
"Famílias com crianças não deveriam ser trancafiadas. Um país
civilizado não deveria colocar
crianças em prisões", disse Wijn.
Os detidos ficarão proibidos de
deixar os centros, mas terão acesso a áreas de recreação externas
durante parte do dia. Também
poderão telefonar, receberão assistência legal e terão direito a receber visitas. Cada quarto acomoda duas pessoas.
A criação de centros de deportação na Holanda faz parte de uma
recente onda de medidas antiimigração que atinge diversos países
da Europa, entre eles Itália, Espanha, Reino Unido e Dinamarca.
O tema do controle da imigração é um dos mais importantes na
agenda de vários países europeus
e está na plataforma de diversos
governos e partidos de direita e
centro-direita da região.
Com agências internacionais
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