UOL


São Paulo, sábado, 28 de junho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Holanda abre "centro de deportação"

DA REDAÇÃO

A Holanda abriu ontem seu primeiro "centro de deportação", onde ficarão detidos à espera da deportação imigrantes ilegais e pessoas que tiveram seu pedido de asilo rejeitado -inclusive mulheres e crianças. Para grupos de direitos humanos, o centro de detenção difere muito pouco de uma prisão comum.
O centro inaugurado ontem tem capacidade inicial para quase 200 prisioneiros e fica no aeroporto de Roterdã. Até o final do ano, será aberto mais um no aeroporto Schiphol, em Amsterdã, inicialmente para cem pessoas.
A previsão é de que os centros possam abrigar até 600 pessoas. Esse projeto está no plano "O Caminho para uma Sociedade Mais Segura", criado pelo premiê Jan Balkenende, de centro-direita.
A porta-voz do Conselho de Refugiados Holandês, Trees Wijn, disse que a prisão é uma punição muito dura e deveria ser usada apenas como último recurso.
"Famílias com crianças não deveriam ser trancafiadas. Um país civilizado não deveria colocar crianças em prisões", disse Wijn.
Os detidos ficarão proibidos de deixar os centros, mas terão acesso a áreas de recreação externas durante parte do dia. Também poderão telefonar, receberão assistência legal e terão direito a receber visitas. Cada quarto acomoda duas pessoas.
A criação de centros de deportação na Holanda faz parte de uma recente onda de medidas antiimigração que atinge diversos países da Europa, entre eles Itália, Espanha, Reino Unido e Dinamarca.
O tema do controle da imigração é um dos mais importantes na agenda de vários países europeus e está na plataforma de diversos governos e partidos de direita e centro-direita da região.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Traficantes são condenados por morte de 58
Próximo Texto: Mundo cão: NY agora oferece ioga para cães
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.