DA ASSOCIATED PRESS

Um tribunal holandês sentenciou ontem a penas entre 18 meses e seis anos de prisão um grupo de descendentes de chineses que participava de uma quadrilha de tráfico humano responsável pela morte de 58 chineses, em junho de 2000, sufocados em um caminhão frigorífico que viajava para Dover, Reino Unido.
No entanto apenas dois dos sete réus foram condenados pela morte dos pretensos imigrantes ilegais. O chefe da quadrilha, Jing Ping Chen, foi absolvido no caso, mas recebeu uma pena de três anos e uma multa de US$ 13,7 mil, por outros delitos.
Os réus se declaram inocentes. A advogada de Ping, Inez Weski, alegou "não haver provas suficientes" para a condenação e afirmou que recorrerá da sentença.
A juíza Pauline Hofmeyer disse que Ping era o "líder de um grupo estruturado que tinha como meta contrabandear seres humanos".
"[Os imigrantes] viajavam grandes distâncias, às vezes a pé, e eram muitas vezes forçados a esperar dentro da água ou dentro de caixas. Eles não eram devidamente alimentados. Eles eram mantidos em casas onde eram molestados sem razão e eram forçados a pagar taxas exorbitantes, o que torna o caso muito grave", disse a juíza ao ler o veredicto.


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