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Los Angeles quer dispositivo de segurança
de Nova York
O principal argumento usado na
ação da Prefeitura de Los Angeles
contra os fabricantes de armas é o
de que eles ferem a lei de proteção
ao consumidor do Estado porque
não colocam dispositivos de segurança em seus produtos.
Leia a seguir entrevista feita por
telefone com Carmel Sella, assistente especial da Procuradoria
Municipal de Los Angeles, que está
cuidando do caso.
Folha - Em que a ação está baseada?
Carmel Sella - Nossa ação está
baseada principalmente na lei de
proteção ao consumidor da Califórnia. Essa lei diz que uma empresa não pode incorrer numa prática
"injusta" de comércio.
A ação afirma que "projetar e
vender uma arma que não tenha
dispositivos de segurança para dificultar seu uso por crianças é uma
prática injusta".
Que proteção poderia haver?
Carmel - Por exemplo, uma
criança de 3 anos tem força suficiente nas mãos para disparar o gatilho. Isso não pode acontecer. Vários produtos têm algum tipo de
proteção. Um exemplo básico é o
frasco de aspirinas, que é bastante
difícil de abrir. Nosso objetivo é
forçar a indústria de armas a usar
dispositivos que outros setores já
usam.
Existe outro argumento?
Carmel - O outro argumento da
ação tem a ver com o modo muito
fácil como um criminoso consegue
comprar uma arma. Depois que
ela sai da fábrica, a empresa se dissocia totalmente do produto. Em
nossa ação, propomos que a venda
de armas seja limitada a uma por
pessoa por mês.
Temos evidências de que pessoas
compram de modo legal uma
quantidade grande de armas e depois revendem essas armas a criminosos. Qualquer pessoa pode
entrar numa loja e comprar cem
armas. E não há uma razão legal
para isso.
E qual a responsabilidade do fabricante nisso?
Carmel - Diversas indústrias, como a química, por exemplo, impõem restrições a seus vendedores
porque sabem dos perigos que seu
produto pode causar. É preciso
que a mesma coisa aconteça com
as armas.
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