de Nova York

A principal entidade organizadora do lobby pró-armas no Congresso, a National Rifle Association (Associação Nacional de Fuzis, NRA), já começou a agir para tentar impedir as ações dos prefeitos nos tribunais.
O objetivo da NRA é bloquear as ações por meio da aprovação de leis estaduais que proíbam as cidades de processar os fabricantes de armas.
A NRA já conseguiu a aprovação de leis nesses termos em 14 Estados, em geral, onde a associação foi uma das principais financiadoras de campanha dos representantes locais no Legislativo e no Executivo.
"Esse é o começo de um longo e árduo processo do qual nós não gostaríamos de estar participando. Vamos, no entanto, dedicar muito tempo e recursos para ele", disse James Baker, diretor do Instituto para Ação Legislativa (o braço legal da NRA), ao jornal "The New York Times" em fevereiro último, após a aprovação pela Geórgia de uma lei que bloqueia as ações das cidades.
A lei estabelece que tal ação só pode ser feita pelo Estado e foi aprovada na mesma semana em que a capital do Estado, Atlanta, entrou com um processo contra fabricantes de armas.
Texas e Louisiana (onde fica Nova Orleans, cidade que entrou com a primeira ação) já aprovaram leis como a da Geórgia.
Baker disse acreditar que, até o final do ano, entre 25 e 30 Estados façam a mesma coisa.

Posição dos pré-candidatos
No caso do Texas, a aprovação da lei (assinada na última sexta-feira pelo governador George W. Bush) tem uma importância para as eleições presidenciais que acontecem nos EUA no ano que vem.
Bush, filho do ex-presidente George Bush (que antecedeu Clinton no cargo), é o principal pré-candidato do Partido Republicano à Presidência.
Ao assinar a lei, ele afirmou que não acredita que o fabricante possa ser considerado culpado por crimes cometidos com o uso de armas de fogo.
O vice-presidente Al Gore, que deve ser o candidato democrata, aproveitou a aprovação da lei para dizer que não se pode ser "leve" na questão do controle de venda de armas. (RF)


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