São Paulo, domingo, 28 de julho de 2002

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Acadêmico busca origem da prática

DE NOVA YORK

Por que a elite nova-iorquina é a mais esnobe entre as elites norte-americanas, por sua vez as mais esnobes entre as elites do mundo? A pergunta foi feita pelo escritor e acadêmico Joseph Epstein. A resposta saiu na semana passada, em forma de livro.
É "Snobbery - The American Version" (esnobismo - a versão americana), em que ele busca as origens da prática nos Estados Unidos, constata seu quase fim na democracia econômica do pós-Segunda Guerra e explica como os yuppies dos anos 80 ajudaram tudo a voltar ao lugar com sua ganância quase infecciosa.
Entre as maneiras encontradas pela elite norte-americana para exibir seu bem-estar financeiro, diz Epstein na obra, espanta a predileção dos pais por usar os filhos como porta-estandartes de suas contas bancárias: "Inicia-se já na pré-escola, quando as crianças começam a ser pressionadas para entrar em Harvard".
Estamos falando aqui de meninos e meninas de até cinco anos competindo para ver quem vai conseguir ser aceito, uma década e meia depois, numa das universidades mais prestigiosas dos EUA. "O terror dos esnobes é que o pequeno Hunter ou a pequena Heather acabem estudando na Universidade da Flórida."
Judeu e professor de história da Northwestern, em Chicago, Epstein é autor também de "Ambition - The Secret Passion" (ambição - a paixão secreta) e se diz odiado por seus pares. "Os Wasps já não dominam a cena, mas ainda estão por aí dando as cartas", diz ele, se referindo à sigla em inglês que abrevia "branco, anglo-saxão e protestante".
(SD)


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