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IRAQUE OCUPADO
Ex-ditador teria escapado por pouco de ação americana; cinco iraquianos morrem em operação em Bagdá
EUA tentam fechar o cerco a Saddam
DA REDAÇÃO
As forças americanas no Iraque
estão concentrando as suas buscas ao ex-ditador iraquiano Saddam Hussein nos arredores de
sua cidade natal, Tikrit, onde ele
quase teria sido capturado ontem.
Em outra operação, em Bagdá,
cinco iraquianos morreram.
As operações acontecem em
meio a ataques que mataram cinco soldados dos EUA neste fim de
semana. Os EUA disseram que
forças estrangeiras estariam
atuando ao lado da guerrilha.
Em ação realizada em três fazendas na região de Tikrit, o novo
chefe de segurança de Saddam
quase foi capturado e talvez até
mesmo o ex-ditador tenha escapado por pouco, disse o coronel
Steve Russell, que comandou a
operação. O nome do novo chefe
de segurança não foi divulgado
pelos americanos. A operação foi
realizada com base nas informações fornecidas pelos cinco guarda-costas de Saddam que foram
detidos na quinta-feira.
O general americano Richard
Myers, chefe das Forças Armadas
dos EUA, realizou uma visita surpresa a Tikrit. Ele disse que Saddam estava se movendo de um lugar para outro para evitar a sua
captura. Segundo o general, o ex-ditador não estaria conseguindo
comandar os ataques contra as
forças americanas. "Ele [Saddam]
está preocupado, tentando sobreviver", disse Myers, que deve deixar o Iraque hoje.
Em outra ação militar ontem,
forças americanas invadiram a
casa do líder tribal Rabiah Muhammed al Habib no distrito de
Al Mansour, uma área nobre de
Bagdá, aparentemente em busca
de Saddam. Ruas foram bloqueadas, carros destruídos, e cinco iraquianos morreram.
O líder tribal, considerado um
dos mais influentes do país, disse
que não estava em sua casa no
momento da operação americana. Porém disse pensar que os soldados americanos buscavam Saddam. "Encontrei a casa revirada.
Penso que os americanos acreditavam que Saddam estivesse em
minha casa", disse Al Habib, que
tinha ligações com o ex-ditador
antes da queda do regime.
O comando militar americano
disse que não iria se manifestar
sobre a operação em Bagdá.
Mortes americanas
Na cidade de Kerbala, centenas
de manifestantes se reuniram no
templo do imã Al Hussein, o segundo local mais sagrado para os
muçulmanos xiitas. Eles protestaram contra o ataque a um dono de
restaurante no sábado à noite,
atribuído a soldados americanos.
Forças americanas, acompanhadas pela polícia iraquiana, entraram em choque com os manifestantes. Nos enfrentamentos,
nove pessoas ficaram feridas.
Um soldado americano foi
morto durante patrulha ao sul de
Bagdá. No sábado, outros quatro
americanos morreram em ações
da guerrilha iraquiana.
Ao todo, 163 americanos morreram em ataques desde o início
da guerra, 79 em acidentes.
Com as mortes do final de semana, subiu para 49 o número de
soldados americanos mortos em
ações hostis desde que o presidente americano, George W.
Bush, declarou o fim das principais operações no país.
O general Ricardo Sanchez, comandante das forças dos EUA no
Iraque, disse que o "país se transformou em um ímã que atrai terroristas de diversos países, que
buscam atacar as forças americanas". Ele não disse de quais nacionalidades seriam esses terroristas.
Uday e Qusay
Um primo de segundo grau de
Saddam requisitou a liberação
dos corpos de Uday e Qusay, os filhos do ex-ditador que foram
mortos na semana passada. Ezzedine Mohamed Hassan al Majid
disse que pretende realizar um funeral de acordo com as tradições
muçulmanas, apesar de os dois irmãos estarem envolvidos na morte de sua mulher. Um parente
mais distante também requisitou
a liberação dos corpos, que estão
sob custódia dos EUA.
Com agências internacionais
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