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Para Wolfowitz, dados "obscuros" são necessários
DA REDAÇÃO
O subsecretário da Defesa
dos EUA Paul Wolfowitz defendeu ontem os ataques ao
Iraque, dizendo que eles são
um exemplo de como os
EUA têm de estar preparados para agir com base em
informações de inteligência
"obscuras" na guerra contra
o terrorismo.
A declaração foi feita em
resposta a uma pergunta sobre as razões que levaram os
EUA à guerra, como as alegações de que o Iraque possui armas químicas e biológicas e de que haveria ligações entre o regime de Saddam Hussein e a rede terrorista Al Qaeda. Os dois argumentos ainda não foram
comprovados.
"É da natureza do terrorismo que as informações de
inteligência sejam obscuras", disse Wolfowitz, considerado um dos principais
arquitetos da Guerra do Iraque. "Uma das lições do 11
de Setembro é que, se não estivermos preparados para
agir com base em informações obscuras, então somente poderemos agir após o fato ter ocorrido."
Para ele, foi a falta de ação
americana na última década
que permitiu que atentados
como os de 11 de setembro
de 2001 ocorressem.
"Caso os EUA atacassem o
Afeganistão em 2000, afirmando que eles planejavam
um atentado terrorista contra Nova York e o Pentágono, os críticos diriam: "Vocês
não têm prova disso'", afirmou Wolfowitz.
Cobertura
Redes de TV árabes, entre
elas a Al Jazira, do Qatar, rejeitaram críticas feitas por
Wolfowitz sobre a cobertura
dos enfrentamentos do Iraque. O subsecretário afirmou que elas recebem dinheiro dos governos e incitam a violência contra as forças americanas no Iraque.
A Al Jazira disse que é uma
rede de TV independente e
que cobre apenas a verdade
dos fatos no Iraque.
Com agências internacionais
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