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São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 2003

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Para Wolfowitz, dados "obscuros" são necessários

DA REDAÇÃO

O subsecretário da Defesa dos EUA Paul Wolfowitz defendeu ontem os ataques ao Iraque, dizendo que eles são um exemplo de como os EUA têm de estar preparados para agir com base em informações de inteligência "obscuras" na guerra contra o terrorismo.
A declaração foi feita em resposta a uma pergunta sobre as razões que levaram os EUA à guerra, como as alegações de que o Iraque possui armas químicas e biológicas e de que haveria ligações entre o regime de Saddam Hussein e a rede terrorista Al Qaeda. Os dois argumentos ainda não foram comprovados.
"É da natureza do terrorismo que as informações de inteligência sejam obscuras", disse Wolfowitz, considerado um dos principais arquitetos da Guerra do Iraque. "Uma das lições do 11 de Setembro é que, se não estivermos preparados para agir com base em informações obscuras, então somente poderemos agir após o fato ter ocorrido."
Para ele, foi a falta de ação americana na última década que permitiu que atentados como os de 11 de setembro de 2001 ocorressem.
"Caso os EUA atacassem o Afeganistão em 2000, afirmando que eles planejavam um atentado terrorista contra Nova York e o Pentágono, os críticos diriam: "Vocês não têm prova disso'", afirmou Wolfowitz.

Cobertura
Redes de TV árabes, entre elas a Al Jazira, do Qatar, rejeitaram críticas feitas por Wolfowitz sobre a cobertura dos enfrentamentos do Iraque. O subsecretário afirmou que elas recebem dinheiro dos governos e incitam a violência contra as forças americanas no Iraque.
A Al Jazira disse que é uma rede de TV independente e que cobre apenas a verdade dos fatos no Iraque.


Com agências internacionais


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