São Paulo, sexta-feira, 28 de julho de 2006

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ONU apenas lamenta por morte de 4 observadores

Pressão dos EUA evita condenar Israel no episódio

DA REDAÇÃO

Em razão de pressões americanas, o Conselho de Segurança aprovou ontem declaração que evitou condenar Israel pela morte, na terça-feira, de quatro observadores desarmados da ONU, em bombardeios no sul do Líbano. O texto aprovado menciona apenas o "choque" e o "embaraço" com o incidente.
A declaração exprime uma "profunda preocupação com as mortes de civis libaneses e israelenses" e deplora a "destruição da infra-estrutura civil e o número crescente de desalojados no Líbano". Foi o primeiro pronunciamento do Conselho de Segurança desde o início, no dia 12, da ofensiva de Israel.
A declaração, lida pelo presidente do conselho, o embaixador francês Jean-Marc de La Sablière, não tem peso de resolução. Mas é mais importante que um simples comunicado à imprensa, que não é arquivado como texto oficial das ONU.
A delegação dos EUA insistiu para que o texto excluísse qualquer condenação a seus aliados israelenses. O embaixador John Bolton afirmou inexistirem evidências de que o ataque tenha sido proposital.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse que na terça as vítimas alertaram dez vezes as autoridades militares israelenses para o risco que corriam.
A declaração, em sua primeira versão, mencionava "o alvejar aparentemente deliberado" dos mísseis e condenava a "coordenação da artilharia e bombardeio aéreo a um posto da ONU" de há muito instalado e presente dos mapas da região.
O embaixador da China, Wang Guangya, disse que o imobilismo do Conselho de Segurança teria um impacto negativo no esforço para demover o Irã de seu programa nuclear.
A França convocou reunião do conselho para o início da próxima semana, a fim de rediscutir uma resolução.


Com agências internacionais


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