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ONU apenas lamenta por morte de 4 observadores
Pressão dos EUA evita condenar Israel no episódio
DA REDAÇÃO
Em razão de pressões americanas, o Conselho de Segurança aprovou ontem declaração
que evitou condenar Israel pela
morte, na terça-feira, de quatro
observadores desarmados da
ONU, em bombardeios no sul
do Líbano. O texto aprovado
menciona apenas o "choque" e
o "embaraço" com o incidente.
A declaração exprime uma
"profunda preocupação com as
mortes de civis libaneses e israelenses" e deplora a "destruição da infra-estrutura civil e o
número crescente de desalojados no Líbano". Foi o primeiro
pronunciamento do Conselho
de Segurança desde o início, no
dia 12, da ofensiva de Israel.
A declaração, lida pelo presidente do conselho, o embaixador francês Jean-Marc de La
Sablière, não tem peso de resolução. Mas é mais importante
que um simples comunicado à
imprensa, que não é arquivado
como texto oficial das ONU.
A delegação dos EUA insistiu
para que o texto excluísse qualquer condenação a seus aliados
israelenses. O embaixador
John Bolton afirmou inexistirem evidências de que o ataque
tenha sido proposital.
O secretário-geral da ONU,
Kofi Annan, disse que na terça
as vítimas alertaram dez vezes
as autoridades militares israelenses para o risco que corriam.
A declaração, em sua primeira versão, mencionava "o alvejar aparentemente deliberado"
dos mísseis e condenava a
"coordenação da artilharia e
bombardeio aéreo a um posto
da ONU" de há muito instalado
e presente dos mapas da região.
O embaixador da China,
Wang Guangya, disse que o
imobilismo do Conselho de Segurança teria um impacto negativo no esforço para demover
o Irã de seu programa nuclear.
A França convocou reunião
do conselho para o início da
próxima semana, a fim de rediscutir uma resolução.
Com agências internacionais
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