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opinião
Para política de Israel, vencer é obrigatório
ZE'EV SCHIFF
DO "HAARETZ"
Após duas semanas de
combates, Israel ainda não
alcançou seus objetivos principais no campo de batalha.
As conversações em vista de
uma solução política ainda
estão em fase inicial. O Hizbollah quer intensificar a
guerra de atrito contra alvos
civis, para que Israel aceite
um cessar-fogo mal definido
que servirá como degrau para ataques futuros contra Israel. Um cessar-fogo desse tipo não deve ser aceito.
É sabido que o Irã está exigindo que a Síria aumente o
apoio que dá ao Hizbollah.
Assim como os EUA gostariam que Israel derrotasse o
Hizbollah, o Irã não quer ver
a organização destruída e faz
de tudo para que isso não
aconteça. Isso mostra que a
luta militar ainda não está no
ponto máximo, e os esforços
diplomáticos, tampouco.
O que importa não é o futuro de cidades xiitas ou posições do Hizbollah, mas o
futuro e a segurança do Estado de Israel. Essa luta também vai determinar a posição de Israel no Oriente Médio e seu papel entre os Estados árabes. Alguns dos Estados árabes reconhecem esse
fato e não querem que o Hizbollah saia vitorioso nessa
campanha. A posição deles
não se deve a nenhum amor
por Israel, mas à preocupação com seu próprio futuro.
Se a dissuasão exercida por
Israel for abalada, em decorrência de um fracasso na batalha, a paz com a Jordânia e
o Egito, conquistada a duras
penas, também será solapada. A dissuasão israelense é o
que está por trás da disposição dos árabes moderados
em fazer a paz com Israel. O
Hamas, que pede a destruição de Israel, será fortalecido, e é duvidoso que qualquer palestino se disponha a
buscar acordos com Israel. É
esse o vínculo que existe entre a luta contra o Hizbollah
e o conflito israelo-palestino.
Há em Israel uma geração
que pode não se recordar de
quantos acordos de cessar-fogo inúteis já foram assinados no Líbano. Israel precisa
de uma nova realidade que,
ao menos, distancie a ala militar do Hizbollah dessa região. Isso é claro para a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, mas
Nasrallah e o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, tentam impedir.
Tradução de CLARA ALLAIN
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