São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 2002

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ORIENTE MÉDIO

Rabino britânico critica ações israelenses

80 mil palestinos deixam a faixa de Gaza e a Cisjordânia, diz jornal

DA REDAÇÃO

Cerca de 80 mil palestinos deixaram a Cisjordânia e a faixa de Gaza desde o início deste ano, segundo uma liderança palestina que não se identificou, citada pelo diário israelense "The Jerusalem Post". Cerca de 50 mil palestinos tentam cruzar atualmente a fronteira da Cisjordânia para a Jordânia pela ponte Allenby ou pela fronteira da faixa de Gaza com o Egito, em Rafah.
Na avaliação da autoridade palestina, pelo menos metade dos que estão partindo deve desistir de retornar aos territórios no futuro. Os motivos do êxodo seriam a aguda crise econômica e a ocupação militar de Israel, consequências da Intifada (a revolta palestina contra a ocupação).
A população palestina na Cisjordânia é de 1,873 milhão, incluindo os que vivem em Jerusalém Oriental, de acordo com a missão palestina na ONU. Na faixa de Gaza, são 1 milhão.

Rabino
O mais influente rabino do Reino Unido, Jonathan Sacks, disse que as ações de Israel no Oriente Médio vão contra os ideais judaicos. "Há algumas coisas que acontecem diariamente que me fazem sentir desconfortável enquanto judeu", disse o rabino ao diário londrino "The Guardian".
"Eu considero a atual situação trágica porque está forçando Israel a tomar posições que são incompatíveis com o nossos mais profundos ideais", acrescentou.
Sacks, que comanda a importante comunidade de 280 mil judeus do Reino Unido, disse ter ficado "chocado" com a fotografia de dois soldados israelenses sorrindo enquanto seguravam o corpo de um palestino. Segundo uma porta-voz do rabino, a fotografia apareceu em um jornal de Londres há alguns meses.
Em Israel, o rabino Sholom Gold, reitor de uma universidade em Jerusalém, respondeu dizendo que só quem está no país consegue entender o que acontece.

Belém
Israel decidiu ontem amenizar as restrições aos palestinos que vivem em Belém (Cisjordânia). O Exército deve permitir que trabalhadores, educadores, religiosos e comerciantes possam entrar em Israel desde que tenham obtido antes autorização do governo israelense.
O Exército de Israel prendeu ontem 13 palestinos na Cisjordânia. Eles são acusados de envolvimento com terrorismo.


Com agências internacionais


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