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HAIA
Ele nega ligação com Srebrenica
Milosevic acusa França por massacre na Bósnia
DO "THE INDEPENDENT"
O ex-líder iugoslavo Slobodan
Milosevic afirmou ontem que o
massacre de cerca de 7.000 homens e meninos muçulmanos em
Srebrenica, na Bósnia, foi organizado pelo serviço secreto da França para jogar a opinião pública
mundial contra os sérvios.
Milosevic, acusado por genocídio em razão das atrocidades cometidas durante a guerra da Bósnia (1992-95), negou envolvimento no assassinato em massa ocorrido em julho de 1995. Ele disse ao
Tribunal Penal Internacional para
a Ex-Iugoslávia, em Haia (Holanda), que paramilitares sérvios da
Bósnia teriam sido pagos pelos
franceses para matar os muçulmanos, parte de uma campanha
de propaganda internacional.
O comandante militar servo-bósnio Ratko Mladic e o general
Radislav Krstic -condenado por
sua atuação em Srebrenica- não
tiveram participação nos crimes,
disse. Segundo Milosevic, nenhum deles "sabia qualquer coisa
sobre esse massacre". "Tenho certeza de que que a honra militar
nunca teria permitido que executassem civis inocentes."
"Perguntem ao [presidente
francês" Jacques Chirac sobre Srebrenica", acrescentou, sugerindo
ainda que o general francês da
forças da ONU Bernard Janvier
teria coordenado a ação para conseguir justificativas para os bombardeios da aviação da Otan contra os sérvios da Bósnia.
A Promotoria começou a apresentar nesta semana as acusações
referentes à participação de Milosevic nas guerras da Bósnia e da
Croácia (1991-95). A primeira etapa do julgamento tratou do papel
dele no assassinato e na deportação de centenas de milhares de albaneses de Kosovo, em 1999.
A primeira testemunha a depor
nesta etapa foi um membro do
Partido Democrático da Sérvia de
um encrave dominado por sérvios na Croácia. Identificado apenas como C-037, ele disse que, nos
momentos que antecederam o
conflito na Croácia, em 1990, as
autoridades de Belgrado incitavam, por meio da mídia estatal, a
minoria sérvia do país a pegar em
armas contra Zagreb.
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