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ÁFRICA
Tempestade vira barco com capacidade para 550 pessoas que levava quase 800; ao menos 88 morrem
670 desaparecem em naufrágio no Senegal
DA REDAÇÃO
Ao menos 88 pessoas morreram na noite de anteontem na
costa sul do Senegal (oeste da
África), com o naufrágio do ferry
Joola, durante uma tempestade.
Cerca de 800 pessoas estavam a
bordo; teme-se que o número de
mortos possa chegar a 700, já que
havia cerca de 670 desaparecidos
até ontem à noite.
Segundo as autoridades portuárias, o Joola tinha capacidade para
550 passageiros.
Equipes de mergulhadores afirmam que muitos corpos estão
presos na embarcação e que o resgate deveria se prolongar ao menos até o dia de hoje.
Ao final da manhã de ontem, a
premiê senegalesa, Mame Madior
Boye, disse que 32 pessoas haviam sido resgatadas por diferentes barcos que participam das
operações de socorro.
Um sobrevivente francês disse
que "vários europeus" estavam a
bordo, mas não soube precisar
suas nacionalidades.
Segundo a premiê, as primeiras
informações sobre o acidente indicavam que a embarcação havia
virado devido às violentas rajadas
de vento e à forte chuva que assolavam a costa de Gâmbia.
O governo de Gâmbia enviou
embarcações de sua Marinha e de
sua frota pesqueira para auxiliar
nas buscas por sobreviventes.
O uso de barcos é um elemento
fundamental no sistema de transportes de Casamancia, na região
meridional do Senegal.
A área fica isolada entre Gâmbia
e Guiné-Bissau e foi cenário de
uma rebelião separatista há aproximadamente 20 anos.
Revisão recente
O Joola passou por uma revisão
técnica na segunda-feira, poucos
dias após voltar a navegar, depois
de um ano em reparos. Quando o
barco reiniciou seus serviços, os
ministros dos Transportes e da
Defesa do país estiveram a bordo.
Parentes das vítimas criticaram
o governo senegalês por permitir
a volta do barco às operações normais. Segundo eles, o Joola ainda
tinha problemas técnicos.
Com agências internacionais
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