São Paulo, sábado, 28 de setembro de 2002

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ÁFRICA

Tempestade vira barco com capacidade para 550 pessoas que levava quase 800; ao menos 88 morrem

670 desaparecem em naufrágio no Senegal

DA REDAÇÃO

Ao menos 88 pessoas morreram na noite de anteontem na costa sul do Senegal (oeste da África), com o naufrágio do ferry Joola, durante uma tempestade. Cerca de 800 pessoas estavam a bordo; teme-se que o número de mortos possa chegar a 700, já que havia cerca de 670 desaparecidos até ontem à noite.
Segundo as autoridades portuárias, o Joola tinha capacidade para 550 passageiros.
Equipes de mergulhadores afirmam que muitos corpos estão presos na embarcação e que o resgate deveria se prolongar ao menos até o dia de hoje.
Ao final da manhã de ontem, a premiê senegalesa, Mame Madior Boye, disse que 32 pessoas haviam sido resgatadas por diferentes barcos que participam das operações de socorro.
Um sobrevivente francês disse que "vários europeus" estavam a bordo, mas não soube precisar suas nacionalidades.
Segundo a premiê, as primeiras informações sobre o acidente indicavam que a embarcação havia virado devido às violentas rajadas de vento e à forte chuva que assolavam a costa de Gâmbia.
O governo de Gâmbia enviou embarcações de sua Marinha e de sua frota pesqueira para auxiliar nas buscas por sobreviventes.
O uso de barcos é um elemento fundamental no sistema de transportes de Casamancia, na região meridional do Senegal.
A área fica isolada entre Gâmbia e Guiné-Bissau e foi cenário de uma rebelião separatista há aproximadamente 20 anos.

Revisão recente
O Joola passou por uma revisão técnica na segunda-feira, poucos dias após voltar a navegar, depois de um ano em reparos. Quando o barco reiniciou seus serviços, os ministros dos Transportes e da Defesa do país estiveram a bordo.
Parentes das vítimas criticaram o governo senegalês por permitir a volta do barco às operações normais. Segundo eles, o Joola ainda tinha problemas técnicos.


Com agências internacionais


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