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EUA reforçam segurança pré-eleição
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
A menos de 40 dias das eleições,
o governo dos EUA lançou uma
nova ofensiva para reforçar a segurança no país e evitar que ataques terroristas possam influenciar o processo eleitoral.
Segundo o jornal "The Washington Post", todas as agências
de segurança dos EUA estão envolvidas nesse esforço, já iniciado
e que deve durar até o dia 20 de janeiro próximo, quando o candidato a presidente eleito em 2 de
novembro tomará posse.
As medidas significarão mais
policiamento nas ruas, novos esquemas de segurança em aeroportos e o estabelecimento de
centenas de pontos nos quais automóveis serão parados e revistados sem aviso prévio.
O resultado da ação deverá aumentar o clima de insegurança no
país no momento em que o presidente George W. Bush prepara
sua arrancada final para tentar se
reeleger baseado em forte discurso sobre a necessidade de vencer a
guerra contra o terror.
Nas próximas semanas, com
início nesta quinta-feira, Bush e
seu adversário, o senador democrata John Kerry, participarão de
uma série de três debates considerados decisivos.
Enquanto Kerry vem tentando
atrair a atenção do eleitorado para
o que descreve como uma "situação de caos" no Iraque, Bush procura reforçar sua liderança na
guerra contra o terror e o discurso
de que tem tornado os EUA "um
lugar mais seguro".
Pesquisa nacional do mesmo
"Washington Post", divulgada
ontem, mostra o presidente George W. Bush, com 51% das intenções de voto, à frente de Kerry,
que obtém 45%. Segundo a pesquisa, Kerry, a pouco mais de um
mês do pleito, tem dificuldades de
estabelecer uma imagem positiva
no eleitorado.
Ontem, autoridades encarregadas de controlar o processo eleitoral nos EUA comunicaram os 50
Estados dos EUA e o Distrito de
Columbia, onde fica Washington,
para que intensifiquem medidas
de segurança para impedir ataques da rede terrorista Al Qaeda.
Alertas e eleições
Fontes do FBI, a polícia federal,
afirmam que o principal temor é o
de que a Al Qaeda faça atentado
semelhante ao ocorrido em Madri, em março. A ação acabou levando a uma vitória da oposição
no país e à retirada das tropas espanholas do Iraque.
No caso dos EUA, tanto George
W. Bush quanto John Kerry vêm
assumindo o compromisso de
manter as tropas no Iraque caso
sejam eleitos.
As próprias fontes citadas do
FBI admitem, no entanto, que o
reforço nos alertas de segurança
não foi realizado com base em novas informações sobre a iminência de ataques. Funcionários dos
órgãos de segurança envolvidos
na nova ação foram proibidos de
tirar férias e deverão avisar a seus
superiores caso precisem deixar
as cidades onde trabalham.
Ao longo da campanha eleitoral, funcionários do FBI têm dado
declarações sobre ataques e tomado medidas semelhantes.
As autoridades estariam fechando o foco para aumentar a
segurança principalmente em
Washington, Nova York e Nova
Jersey, onde vários locais já estão
sob o "código laranja" (que significa "risco alto") na escala de risco
de ataques nos EUA.
O primeiro teste para o reforço
na segurança ocorre nesta semana em Washington durante reunião do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, que
começa oficialmente hoje.
Na sede do Congresso, também
na capital, policiais começaram a
testar novas roupas especiais resistentes a ataque biológico.
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