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ORIENTE MÉDIO
Jornalista árabe-israelense estava em van da rede de TV americana
Produtor da CNN vira refém em Gaza
DA REDAÇÃO
Um produtor de TV árabe-israelense da rede CNN foi seqüestrado ontem na faixa de Gaza, horas depois de Israel ter matado
mais um militante palestino.
O ataque ocorre um dia depois
de um alto dirigente do grupo terrorista Hamas ter sido morto em
explosão de seu carro em Damasco, em ação atribuída a Israel.
O governo israelense acusou a
Síria de "dirigir o terrorismo" e
advertiu que "ataques preventivos contra militantes" podem
ocorrer no território sírio. Questionado se Israel seria responsável
pela morte do dirigente do Hamas
na Síria, o vice-ministro da Defesa
Zeev Boim disse: "Não confirmamos nem negamos isso".
Autoridades israelenses admitiram extra-oficialmente que agentes a serviço de Israel armaram a
explosão do carro.
O produtor de TV Riad Abu Ali
estava na van da CNN com o correspondente Ben Wedeman e um
motorista palestino quando foi
seqüestrado. O veículo estava
diante de um supermercado
quando os captores, portando fuzis Kalashnikov, chegaram em
um carro e perguntaram por Ali.
Os seqüestradores ainda não fizeram contato. Desde o início da
Intifada (levante palestino contra
ocupação israelense), há quatro
anos, tal crime tem sido raro. Nas
poucas vezes em que ocorreu, os
reféns foram soltos rapidamente.
Horas antes, no campo de refugiados de Khan Younis, um míssil
foi disparado por Israel contra
um carro no qual viajavam membros do grupo terrorista Comitês
de Resistência Popular. Um militante morreu. Essa organização
assumiu no ano passado a autoria
de um raro atentado contra americanos em Gaza, em que três
agentes de segurança da missão
diplomática dos EUA morreram.
Ainda ontem, um civil palestino
de 55 anos foi morto por disparos
israelenses perto do portão de
uma escola em Gaza. Israel afirma
que militantes estavam escondendo uma bomba no local.
No campo de refugiados de Jebaliya, soldados israelenses mataram dois palestinos armados que,
segundo a Associated Press, carregavam explosivos.
Na Cisjordânia, um colono judeu matou um motorista de táxi
palestino. Segundo o colono, o
palestino tentou jogá-lo para fora
da estrada. Testemunhas afirmam que, na verdade, foi o colono quem fechou o palestino para
disparar. O israelense foi preso.
Em Jenin, forças israelenses invadiram um hospital, indo de
quarto em quarto em busca de
militantes escondidos.
Com agências internacionais
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