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Economia lidera lista de preocupações de eleitores
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
Dominante em uma eleição de temática atipicamente
concentrada, a economia é
mais importante na hora de
escolher o voto para o Congresso dos EUA para os democratas do que para a oposição republicana, revela
pesquisa do Gallup.
Outros temas prioritários a
menos de uma semana das
eleições são a reforma do sistema de saúde e tamanho e
poder do governo federal.
Juntos, esses três assuntos
concentram mais de 80% das
preocupações do eleitorado
do país, configurando uma
discussão política bastante
estreita em comparação com
tendências históricas.
Enquanto cerca de 51%
dos democratas escolheram
economia como o tema principal da eleição, taxa menor,
36%, de republicanos disseram o mesmo.
Os republicanos dividem
suas atenções mais igualitariamente com o tamanho e
poder do governo (28%) e
com a reforma do sistema de
saúde (20%), que gostariam
de ver revertida.
Em contraste, apenas para
um número ínfimo de democratas (3%) há foco no inchaço da máquina pública.
Sem considerar a preferência partidária, a ordem é:
economia (43%), saúde
(23%) e tamanho do governo
(18%). A pesquisa, divulgada
anteontem, tem margem de
erro de três pontos em qualquer direção.
Apesar de a economia
sempre ser fator-chave em
eleições -principalmente as
legislativas, mais voltadas a
temas domésticos - em 2010
há um desvio do padrão.
Nas duas últimas eleições
de meio de mandato, não havia um domínio tão forte de
temas. Em 2006, a prioridade
era a guerra no Iraque (26%);
em 2002, a economia (27%).
Mas nos dois anos outros cinco assuntos dividiam mais as
atenções.
Há outras diferenças. "No
passado, a importância da
economia era a ferida imediata no bolso do eleitor; desta vez, estão preocupados
com a dívida pública que deixarão para as próximas gerações", disse à Folha David
King, analista da Universidade Harvard.
A dívida pública total dos
EUA até ontem chegava a
quase 95% do PIB, ou US$
13,673 trilhões. É mais de
quatro vezes o PIB do Brasil.
A hemorragia econômica
atual também pesa. O desemprego atinge 15 milhões
de pessoas (9,6%).
Enquanto isso, a recuperação da economia sob Obama
tem sido lenta: a projeção de
crescimento do PIB para
2010 é de apenas 2,6%, e um
quadro ainda pior se avizinha para 2011.
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