São Paulo, sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Europeus querem dinheiro de emergentes

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
DE BRASÍLIA

Os países emergentes, principalmente a China e em menor escala o Brasil, se tornaram objeto de assédio pelos líderes da União Europeia para ajudarem a engordar o Fundo de Europeu de Estabilização Financeira.
O fundo, que atualmente tem € 440 bilhões, deverá ser aumentado para mais de € 1 trilhão.
Segundo dois consultores do governo chinês ouvidos pelo jornal "Financial Times", a China deverá investir no fundo europeu. Mas a decisão depende das condições colocadas pelos países da zona do euro.
O governo brasileiro já tinha dito que só ajudaria financeiramente a Europa pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o aumento do fundo é uma proposta positiva dos europeus, mas as condições ainda precisam ser definidas.
"Essa proposta carece de detalhes. Eles [os europeus] não estão implementando imediatamente as medidas.
Precisam de tempo. O problema é se nós teremos o tempo necessário para a reorientação sem que haja uma deterioração", disse o ministro.
A proposta desenhada pelos líderes europeus é emitir títulos para capitalizar o fundo, com garantias dos países sócios do bloco. Esses títulos podem ser comprados com as reservas internacionais dos emergentes.
A China tem a maior reserva do mundo, de US$ 3,2 trilhões, a maior parte investida em títulos dos Estados Unidos. As reservas do Brasil somam US$ 351,7 bilhões.
A contribuição da China ao fundo europeu de estabilização pode ser de até € 100 bilhões.
Fontes da União Europeia disseram que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediria ajuda ao presidente chinês, Hu Jintao.


Texto Anterior: Análise Crise Europeia: Acerto é um remendo melhorado e tardio por parte da Europa
Próximo Texto: PIB americano se acelera, mas avanço ainda é modesto
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.