São Paulo, sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

PIB americano se acelera, mas avanço ainda é modesto

Economia cresce 2,5% no 3º trimestre, o dobro dos três meses anteriores

Retomada da economia é considerada vital para o sucesso dos planos de reeleição do presidente Barack Obama em 2012

DE SÃO PAULO

Depois de um primeiro semestre fraco, a economia norte-americana se acelerou no terceiro trimestre deste ano, mas com um avanço ainda distante do necessário para que ela recupere parte das perdas com a crise.
O PIB da maior economia mundial cresceu 2,5% de julho a setembro (taxa anualizada), quase o dobro do ritmo dos três meses anteriores.
O resultado ficou dentro do previsto por analistas para o período, mas economistas dizem que os EUA precisam se expandir em ao menos 3,5% por um prazo longo para se reabilitar dos prejuízos provocados pela crise -que, no país, se iniciou em 2007.
"Esse ritmo de crescimento, caso seja mantido no ano que vem, provavelmente é insuficiente para reduzir a taxa atual de desemprego, de 9,1%", escreveu Josh Bivens, economista do Economic Policy Institute, de Washington.
"Pior, não está claro se a tendência de crescimento do PIB é tão alta como essa [divulgada ontem] -desde o terceiro trimestre de 2010, o PIB tem crescido somente 1,6%."
A própria Casa Branca também considerou o resultado insuficiente.
"Ao mesmo tempo em que a expansão continuada é encorajadora, um crescimento mais rápido claramente é necessário para repor os empregos perdidos na recente crise e para reduzir o desemprego de longo prazo", escreveu Katharine Abraham, do Conselho de Assessores Econômicos de Barack Obama.
Apesar de os Estados Unidos terem criado 1,5 milhão de vagas nos últimos 12 meses, mais de 6,5 milhões de postos não foram recuperados, isso sem contar a necessidade de atender as pessoas que buscam ingressar no mercado de trabalho.
A retomada da economia -e, consequentemente, do mercado de trabalho- é considerada fundamental para a reeleição de Obama no pleito do ano que vem.
Por isso, o presidente americano lançou em meados do mês passado um pacote para reduzir o desemprego.
O plano de Obama, que mistura medidas de estímulo e cortes de tributos, no entanto, está travado no Congresso, e é considerado improvável que ele consiga avanços significativos.
Isso porque, para aprovar o projeto, ele precisa do apoio da oposição republicana (maioria entre os deputados), que é contra o aumento dos gastos públicos.


Texto Anterior: Europeus querem dinheiro de emergentes
Próximo Texto: Maioria dos que "ocupam" Wall Street tem emprego, diz pesquisa
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.