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Chilenos suspendem compra de navios
das agências internacionais
O Chile suspendeu conversações
com o Reino Unido sobre a compra de armamentos por causa da
detenção do general chileno Augusto Pinochet, disse ontem o Ministério da Defesa do país.
Segundo um porta-voz, dois vice-almirantes chilenos, Hernán
Couioumdjian e Onofre Torres,
adiaram viagem ao Reino Unido
na semana passada durante a qual
deveriam negociar a compra de
dois navios de combate usados,
avaliados em US$ 100 milhões.
A viagem foi considerada "imprópria nas circunstâncias da prisão do general Pinochet", segundo
o ministério chileno.
Ontem, o presidente do Chile,
Eduardo Frei, se reuniu com a cúpula do Exército chileno, no edifício das Forças Armadas em Santiago (capital).
Segundo a versão oficial, o encontro ocorreu para discutir planos institucionais e programas de
treinamento militar.
Acredita-se, porém, que o propósito principal da reunião tenha
sido o de discutir a prisão do general chileno no Reino Unido. Frei
não comentou o resultado.
Apelo por Pinochet
O ministro das Relações Exteriores do Chile, José Miguel Insulza,
negou ontem que o presidente chileno tivesse proposto a outros presidentes da América Latina a assinatura de documento a favor da libertação de Pinochet.
O pedido teria ocorrido anteontem em Brasília, durante cerimônia de acordo de paz entre Peru e
Equador. O presidente brasileiro
teria se negado a assinar.
Segundo Insulza, é "ridículo" supor que em uma cerimônia de tal
envergadura o Chile pudesse fazer
esse tipo de declaração.
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