de Paris

Alberto Santos Dumont era conhecido na Paris do início do século por sua elegância e excentricidade. Um dândi, sempre bem vestido, nunca tirava seu chapéu panamá e tinha o hábito de levar em um balão seus convidados para jantar no luxuoso restaurante Maxim's.
"Ele lançava modas, como o chapéu de palha panamá e suas golas de camisa", disse a assessora da Cartier, Mathilde Boyon. O corte das golas que o aviador usava eram chamadas pelos colunistas de moda da época de "golas Santos".
Seus botões de camisa, pulseiras, chapéus e todos os seus acessórios que marcaram a capital da moda no início do século estão expostos na praça Trocadéro, em Paris.
Nascido em 1873, filho de um fazendeiro milionário, Santos Dumont foi morar em Paris em 1891, depois que seu pai sofreu um grave acidente e ficou paralisado. A riqueza familiar ajudou o aviador em seus planos como inventor. Desde jovem, era fascinado por livros sobre viagens em balões, como as obras de Julio Verne.
Depois de criar diversos balões e dirigíveis, em 23 de outubro de 1906, Santos Dumont decolou em Paris o 14 Bis.
O Pai da Aviação, como é conhecido no Brasil, se suicidou em 23 de julho de 1932, em sua casa, no Guarujá (SP). (MSg)



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