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País convoca reservistas para as ruas
DO ENVIADO A TEGUCIGALPA
Para evitar episódios de
violência amanhã, as Forças Armadas hondurenhas
convocaram 5.000 reservistas para reforçar a segurança das eleições, uma
medida inédita. O esquema conta ainda com 14 mil
soldados e 12 mil policiais.
A ONG Anistia Internacional relatou ontem que o
governo interino comprou
10 mil granadas de gás lacrimogêneo, 5.000 projéteis para granadas de gás
lacrimogêneo e um tanque
de água. A organização teme que o material seja
usado de forma "excessiva
e desproporcional".
Nos últimos meses,
Honduras registrou cerca
de 30 ataques de bombas
caseiras ou granadas contra locais públicos e instituições contrárias ao presidente deposto, Manuel
Zelaya. Na madrugada de
ontem, quatro bombas de
pequena potência explodiram em escolas -que serão centro de votação- de
San Pedro Sula, a segunda
cidade do país, provocando danos materiais leves.
Nesta semana, uma granada atingiu a Corte Suprema (sem deixar mortos
ou feridos graves), e o presidente interino, Roberto
Micheletti, denunciou um
plano para assassiná-lo.
Ontem, a Frente Nacional de Resistência (FNR),
que reúne organizações de
esquerda pró-Zelaya, convocou um "toque de recolher popular", exortando
seguidores a não votar e a
ficar em casa "para que
não sejam reprimidos".
Pelas ruas de Tegucigalpa, vários policiais e militares circulam com armamento pesado, inclusive
dentro de ônibus.
Instituições como Suprema Corte, Congresso,
Ministério Público e alguns meios de comunicação que apoiam o governo
interino tiveram a segurança militarizada.
(FM)
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