São Paulo, sábado, 28 de novembro de 2009

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País convoca reservistas para as ruas

DO ENVIADO A TEGUCIGALPA

Para evitar episódios de violência amanhã, as Forças Armadas hondurenhas convocaram 5.000 reservistas para reforçar a segurança das eleições, uma medida inédita. O esquema conta ainda com 14 mil soldados e 12 mil policiais.
A ONG Anistia Internacional relatou ontem que o governo interino comprou 10 mil granadas de gás lacrimogêneo, 5.000 projéteis para granadas de gás lacrimogêneo e um tanque de água. A organização teme que o material seja usado de forma "excessiva e desproporcional".
Nos últimos meses, Honduras registrou cerca de 30 ataques de bombas caseiras ou granadas contra locais públicos e instituições contrárias ao presidente deposto, Manuel Zelaya. Na madrugada de ontem, quatro bombas de pequena potência explodiram em escolas -que serão centro de votação- de San Pedro Sula, a segunda cidade do país, provocando danos materiais leves.
Nesta semana, uma granada atingiu a Corte Suprema (sem deixar mortos ou feridos graves), e o presidente interino, Roberto Micheletti, denunciou um plano para assassiná-lo.
Ontem, a Frente Nacional de Resistência (FNR), que reúne organizações de esquerda pró-Zelaya, convocou um "toque de recolher popular", exortando seguidores a não votar e a ficar em casa "para que não sejam reprimidos".
Pelas ruas de Tegucigalpa, vários policiais e militares circulam com armamento pesado, inclusive dentro de ônibus.
Instituições como Suprema Corte, Congresso, Ministério Público e alguns meios de comunicação que apoiam o governo interino tiveram a segurança militarizada. (FM)


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